Detritos danificaram estação espacial internacional

Damares Alves
NASA/Canadian Space Agency

O lixo espacial há muito é um perigo iminente, e agora o inevitável aconteceu: detritos danificaram a estação espacial internacional. Um pedaço de lixo espacial muito pequeno para ser rastreado atingiu e danificou um braço robótico da Estação Espacial.

Obviamente, todas as agências espaciais estão cientes do perigo gerado pelos detritos espaciais. Eles são uma bomba relógio. Mais de 23.000 peças estão sendo rastreadas na órbita baixa da Terra para ajudar os satélites e a ISS a evitar colisões. O problema é que estes detritos são minúsculos, o que dificulta o trabalho.

Os pequenos pedaços de lixo viajam em altas velocidades orbitais e podem causar alguns danos significativos, como perfurar placas de metal.

Detritos danificaram estação espacial internacional
Em 1997 detritos espaciais deixaram um buraco na antena do Telescópio Espacial Hubble. (NASA)

Canadarm2 – o braço robótico danificado pelo pedaço de lixo espacial – está presente na estação espacial há 20 anos. É um braço robótico de titânio multiarticulado que pode auxiliar na manobra de objetos fora da ISS, incluindo ônibus de carga e na manutenção da estação.

Não está claro exatamente quando o impacto ocorreu. Os danos foram notados pela primeira vez em 12 de maio, durante uma inspeção de rotina. A NASA e a CSA trabalharam juntas para obter imagens detalhadas e avaliar os danos.

Embora a ISS pareça ter tido sorte desta vez, o problema dos detritos espaciais parece estar aumentando. No ano passado, a ISS teve que realizar manobras de emergência três vezes para evitar colisões com detritos espaciais em sua altitude de cerca de 400 quilômetros.

Segundo um relatório da Agência Espacial Europeia, cerca de 130 milhões de fragmentos de material antropogênico menores que um milímetro estão orbitando a Terra agora. Essa estimativa não inclui a poeira natural do espaço.

Ambas as agências espaciais continuarão coletando dados para realizar uma análise do evento, tanto para entender como ele ocorreu, quanto para avaliar riscos futuros.

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