Burning Mountain, situada em New South Wales, Austrália, representa um fenômeno geológico de notável importância. Trata-se de um fogo ininterrupto que arde há um período extraordinário de mais de 6.000 anos, fazendo com que essa ocorrência se torne emblemática mundialmente e conhecida como o fogo mais antigo do mundo – ou o fogo que queima há mais tempo.
A persistência do fogo ao longo de milênios reforça sua confiança como um dos incêndios mais duradouros e notáveis registrados na história. Tal feito, sem precedentes, tem fascinado estudiosos, cientistas e visitantes, que são atraídos pela oportunidade de testemunhar esse espetáculo natural e aprender com essa manifestação única da geologia terrestre.
História da Montanha Ardente do fogo mais antigo do mundo
Burning Mountain, uma notável atração geológica localizada em New South Wales, Austrália, faz parte da Reserva Natural Burning Mountain, uma área protegida cuja supervisão é atribuída ao NSW National Parks and Wildlife Service (NPWS).
A fascinante história de Burning Mountain remonta a mais de 6.000 anos, quando se iniciou um incêndio que até hoje permanece aceso. Acredita-se que esse fogo perpétuo tenha sido desencadeado por uma camada subterrânea de carvão que percorre as entranhas da montanha. Essa característica singular e enigmática confere à região uma atmosfera misteriosa e cativante.
A presença constante do fogo, desde tempos imemoriais, transformou Burning Mountain em um marco geológico de destaque, atraindo a atenção de curiosos e pesquisadores.
Os cuidados supervisionados da Reserva Natural Burning Mountain pelo NSW National Parks and Wildlife Service reforçam o compromisso em preservar esse fenômeno único e fornecer um ambiente seguro e acessível para aqueles que desejam explorar e apreciar essa notável maravilha natural, no mínimo, impressionante.
Teorias de como o fogo começou
Embora a história do fogo mais longo do mundo seja extraordinária, não há uma explicação ou registro de como ele tenha começado. No entanto, os Leyland Brothers relataram que: “Os aborígenes batizaram a montanha de Wingen, que significa ‘fogo’. A explicação deles sobre a origem da montanha em chamas foi que um dia, um membro da tribo estava acendendo uma fogueira na encosta da montanha quando foi levado para as profundezas da terra pelo Maligno. Incapaz de escapar, ele usou seu bastão de fogo para incendiar a montanha, para que a fumaça pudesse alertar os outros para se manterem afastados.”
Nesse contexto, segundo o Grupo Ambiental e Patrimonial do Governo de NSW, as possíveis fontes que geraram o fogo mais antigo do mundo podem ter sido algum relâmpago, assim como práticas aborígines de manejo da terra, fogueiras e incêndios florestais naturais.
Contudo, a teoria amplamente aceita é que a oxidação das piritas de ferro no material de carvão sulfuroso produziu calor suficiente para inflamar o carvão.
Características únicas da Montanha Ardente
A Burning Mountain – ou Montanha Ardente – exibe um conjunto de características notáveis e distintas que a tornam única, além de ser o local do fogo mais antigo do mundo.
Uma das particularidades mais marcantes é a natureza subterrânea do fogo mais antigo do mundo, que se estende a uma profundidade de 65 a 100 pés abaixo da superfície. Essa intensa e chama, localizada no Monte Wingen, progride em direção ao sul, avançando a uma velocidade constante de 3,2 pés por ano.
Essa iluminação extraordinária é alimentada por uma camada de carvão de notável espessura, que se estende por cerca de 6,5 pés. O fogo engloba uma vasta área, abrangendo aproximadamente 4 milhas de extensão.
Curiosamente, apesar da presença contínua do incêndio, não há manifestações visíveis de chamas ardentes. No entanto, pode-se perceber sinais sutis de sua existência, como fumaça, cinzas brancas, um característico cheiro sulfúrico, solo quente e ausência de vegetação na região sustentada pelo fogo.
A temperatura sob a camada de carvão em chamas é extraordinariamente elevada, alcançando cerca de 1652°F. Enquanto isso, os vapores que escapam pelas aberturas apresentam uma temperatura média que varia entre 212°F e 572°F, revelando um ambiente termicamente intenso e dinâmico.
Estas características peculiares e complexas da Burning Mountain fascinam tanto os especialistas como os visitantes, proporcionando uma experiência única para aqueles que desejam testemunhar de perto esse fenómeno geológico de longa data.