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Planeta Terra

Descoberto o ancestral de 480 milhões de anos das estrelas-do-mar

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Há 17 anos pesquisadores encontraram em Marrocos um fóssil de um animal que pareceu pertencer ao grupo das estrelas-do-mar. No entanto, o bicho parecia não ter todas as características essenciais das estrelas-do-mar modernas, como uma camada protetora que envolve o corpo desses animais. Outro grupo de animais que existe hoje, os Ophiuroidea, são bem parecidos com as estrelas-do-mar e, contudo, também tem algumas características divergentes do fóssil marroquino.

Acontece que 17 anos de análises do fóssil mostraram que esse é o ancestral comum mais antigo dos equinodermos existentes hoje: mais de 480 milhões de anos de idade.

O artigo da descoberta foi publicado no último dia 20, no periódico Biology Letters, e mostra como nova espécie – Cantabrigiaster fezouataensis – deu origem a animais como pepinos-do-mar, ouriços-do-mar e as já citadas estrelas. De acordo com os pesquisadores, esse animal viveu em recifes de corais pré-históricos durante um tempo muito favorável, a radiação ordoviciana.

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O período Ordoviciano aconteceu entre 485 e 443 milhões de anos atrás. Nessa época ainda não existiam peixes ou animais vertebrados de forma geral, e o oceano era dominado por ancestrais de moluscos e equinodermos primitivos. A radiação ordoviciana, por sua vez, foi um período de explosão da biodiversidade do mundo, tanto quanto a explosão do cambriano. O ambiente rico em matéria orgânica proporcionou, provavelmente, um hábitat favorável para essa estrela-do-mar anciã.

Estrelas-do-mar – animais, plantas ou o quê?

Como mencionado antes, as estrelas-do-mar, pepinos-do-mar e ouriços do mar são equinodermos. Esses bichos foram uma das primeiras formas de vida animais a surgir no planeta, logo depois de esponjas e cnidários. Os equinodermos são exclusivamente marinhos e podem ser herbívoros, que se alimentam de algas, ou carnívoros, como é o caso da estrela-do-mar, que caça pequenos animais. De uma forma ou de outra o novo fóssil lança luz na origem evolutiva desses animais e pode ser uma ferramenta preciosa para entender a explosão de diversidade do Ordoviciano.

O artigo foi publicado no periódico Biology Letters.

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