Cientista vivendo debaixo d’água descobre ‘nova espécie’

SoCientífica
Joseph Dituri. Imagem: University of South Florida
Destaques
  • Cientista ex-oficial da Marinha, Dr. Joseph Dituri, busca recorde mundial ao viver 100 dias em habitat subaquático na Flórida e estuda efeitos da pressão no corpo humano.
  • Dr. Dituri e sua equipe encontram possível nova espécie de organismo unicelular durante a experiência.
  • Pressão subaquática pode trazer melhorias na saúde e impactar indicadores relacionados a doenças e longevidade.

O ex-oficial da Marinha, Dr. Joseph Dituri, está tentando quebrar um recorde mundial ao passar 100 dias em um habitat subaquático na Flórida.

Além de estudar como o corpo humano reage a pressões extremas, sua equipe encontrou, inesperadamente, um possível novo organismo unicelular.

O espécime está sendo analisado por microbiologistas para confirmar se é realmente uma nova espécie. O cientista conduz experimentos em um pequeno laboratório montado em uma cápsula subaquática de 30,48 metros quadrados.

Após um mês debaixo d’água, Dr. Dituri se diz bem, embora possa perder cerca de 2,5 cm de altura devido à pressão exercida em seu corpo.

Durante o experimento, ele é monitorado por profissionais médicos, que analisam suas amostras de urina e sangue, realizam exames psicológicos e psicossociais, além de ultrassonografias, eletrocardiogramas e testes com células-tronco.

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Joseph Dituri. Imagem/Reprodução: The Independent

A hipótese é que a pressão subaquática possa trazer melhorias na saúde e impactar indicadores relacionados a doenças e longevidade.

Dr. Dituri explica que a exposição à pressão subaquática pode dobrar o número de células-tronco circulantes, aumentar a densidade óssea e muscular, e até mesmo reverter o envelhecimento.

Contudo, alguns efeitos colaterais inesperados foram relatados, como dificuldades em funções corporais devido à pressão subaquática.

O maior risco está no momento de ressurgir, pois não há testes de descompressão realizados por um período tão longo, e a descompressão rápida pode causar danos pulmonares graves, paralisia ou até mesmo a morte.

Dr. Dituri, que entrou no habitat em 1 de março, deve permanecer lá, pelo menos, até 14 de maio para quebrar o recorde mundial de 73 dias. Ele afirma que seu foco não é o recorde, mas sim a ciência.

“É aqui que encontramos a próxima grande cura… É a ciência mais legal do mundo agora.”

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