Banir o uso de combustíveis fósseis traria benefícios imediatos para milhões

Lorena Franqueto
O impacto da queima e da produção de combustíveis fósseis na saúde da população. Imagem: Pixabay

A larga emissão de dióxido de carbono (CO2) é um problema, ainda. Dados apontam que o mundo emitiu mais de 35 bilhões desse gás só em 2019. Infelizmente, a massiva emissão contribui negativamente para o aquecimento global. Nesse sentido, recentes estudos afirmaram que banir o uso de combustíveis fósseis traria benefícios imediatos para milhões de pessoas.

Além disso, a remoção do CO2 produzido na queima dos combustíveis fósseis, acontecerá apenas entre os próximos 300 a 1.000 anos. E para que isso aconteça, o homem dependerá de florestas e oceanos para captura do gás. Inclusive, segundo outras pesquisas, a redução nas emissões de dióxido de carbono impactarão no resfriamento do clima só depois de 2100.

Ou seja, os custos para solucionar as mudanças climáticas superam os poucos benefícios imediatos. Sendo assim, as políticas públicas para redução das emissões de CO2 são cada vez menos frequentes no meio governamental.

Quais os benefícios de banir os combustíveis fósseis?

Porém, em contrapartida, estudos demonstram que erradicar os combustíveis fósseis beneficiará toda uma saúde global.

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Imagem: SD-Pictures/Pixabay

Além de aquecer a Terra, o dióxido de carbono e outros gases formam uma grande quantidade de poluentes atmosféricos, os quais penetram em larga escala os pulmões.

Conforme estudos reportados pela Science Alert em colaboração com a Universidade de Harvard, uma em cada cinco mortes prematuras resultam da exposição aos poluentes do ar pelo uso de combustíveis fósseis.

Por fim, os resultados ainda sugerem que o abandono dos combustíveis fósseis teria evitado a morte prematura de 8,7 milhões de adultos.

O estudo utilizou um modelo que simula as fontes e o destino da poluição atmosférica. Assim, os resultados apresentam uma escala mais precisa de pessoas afetadas e a concentração de poluentes nas áreas urbanas.

Por fim, é possível estimar o excesso de mortes pela poluição do ar e subestimar os benefícios do abandono de combustíveis fósseis para a saúde pública.

As condições de saúde mais relatadas e associadas com a poluição são doenças cardíacas e câncer de pulmão. Inclusive, recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou diretrizes de saúde mais rígidas sobre a qualidade do ar.

Cabe ressaltar que avaliação considerou apenas os resultados da queima de combustíveis fósseis (emissão de CO2 e, consequentemente, formação de subprodutos). No entanto, ainda há outras substâncias poluentes geradas no processo de extração, processamento, transporte e armazenamento.

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Imagem: Pixabay

Considerações sobre a saúde da população

Em princípio, banir o uso de combustíveis fósseis traria benefícios imediatos na saúde das pessoas devido aos efeitos negativos dos gases e derivados em diversos sistemas.

Por exemplo, o gás formaldeído, emitido durante o refinamento do petróleo, reage com o ozônio da atmosfera e produz agentes tóxicos, além de exacerbar os sintomas da asma.

Por enquanto, o estudo considerou apenas pessoas adultas, porém também há relatos na literatura do impacto da poluição atmosférica no desenvolvimento e crescimento do cérebro e pulmões em crianças.

Em suma, acredita-se que as melhorias na saúde pública em decorrência da transição para energia limpa apareceriam rapidamente na população.

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