Autópsia revela como Grigori Rasputin realmente morreu

Rafael D'avila
Imagem: Domínio Público/Klimbim

Muitas personalidades marcaram o mundo e ainda se fazem presente, como Grigori Rasputin, que inclusive ganhou uma música em sua homenagem. Entretanto, o que antes era simplesmente uma lenda em torno de seu assassinato, agora pode ser uma certeza revelada em autópsia.

Aos que não sabem ao certo quem é Grigori Rasputin, eis um pequeno resumo: monge siberiano de 1869, que se tornou grande amigo do Imperador Nicolau e da Imperatriz Alexandra, no final da Rússia Imperial. Aos 28 anos, era esposo e pai, quando decidiu levar-se pelo anseio religioso e deixou sua aldeia para fazer peregrinação. Acima de tudo, atraiu milhares de seguidores por conta de seu carisma, até que o apresentaram ao Empório e à Imperatriz, no qual formou sólida parceria.

A face de Grigori Rasputin.
Rasputin foi do céu ao inferno em vida. Imagem: Reprodução

A grande ‘popularidade’ do rapaz teve seu ápice quando ele tratou o filho hemofílico do casal, que aparentemente apresentou melhora, e o sangramento cessou após suas intervenções. Nada aconteceu por forças sobrenaturais, mas sim, porque Grigori Rasputin insistiu para que ele deixasse de tomar aspirina. Na época, não se sabia que a aspirina afina o sangue, o que contribuía para os problemas do garoto.

Até aqui, um questionamento surge em nossa cabeça: por qual motivo alguém queria vê-lo morto? Além de todos esses ‘preceitos’ que rondavam Rasputin, ele também carregava a reputação de ser uma máquina de sexo absoluta. Dentre as aventuras, deitava-se com senhoras da alta sociedade e até mesmo prostitutas. Grigori exercia sobre os governantes do Império Russo uma forte influência, o que preocupava aqueles que gostariam dessa influência para si próprios.

Grigori posando com amigos.
Rasputin sempre esteve cercado de pessoas influentes. Imagem: Getty Images

O que diz a lenda sobre a morte de Grigori Rasputin?

Dentre os boatos para destruir Grigori Rasputin, espalharam que ele estava tendo um caso com a Imperatriz Alexandra. Contudo, ainda o acusaram de ser responsável por uma epidemia de cólera em São Petersburgo, para minar o esforço de guerra.

A história mais famosa sobre sua morte diz que ele comeu bolo envenenado, assim como ingeriu vinho com cianeto. Todavia, se recusava a morrer e Yussupov (aristocrata que contribuiu para criar a má fama de Rasputin) atirou nele direto pela bomba de sangue, mas ainda assim o homem correu para o pátio externo com vida. “Este demônio que estava morrendo de veneno, que tinha uma bala no coração, deve ter sido ressuscitado dos mortos pelos poderes do mal”, diz o mais famoso dos relatos.”Havia algo de terrível e monstruoso em sua recusa diabólica em morrer”. Conforme diz a lenda, ele só faleceu em decorrência de um afogamento no gelado rio Neva.

O corpo de Rasputin.
Grigori Rasputin morto. Imagem: Divulgação/Aventuras na História UOL

Segundo tais boatos, os eventos se transformaram em música, composta pelo assassino de Grigori Rasputin, que tinha o interesse de fazer o crime parecer uma luta ‘do bem e do mal’, entretanto, a autópsia surgiu com revelações surpreendentes.

De acordo com as informações colhidas nesta análise, não encontraram indícios de envenenamento e muito menos marcas de garras de gelo, mas sim, três buracos de bala: um na cabeça, um nas costas e um no peito, do qual Grigori Rsputin morreu quase instantaneamente. Entretanto, a versão que todas as pessoas conhecem, beirando a fantasia, costuma aguçar mais o imaginário.

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