Agricultura familiar produz 23% no Brasil. Se fosse um país, seria 8° maior produtor do mundo

SoCientífica
Imagem/Reprodução: Diário do Nordeste

A agricultura familiar no Brasil, se fosse considerada como um país independente, seria o oitavo maior produtor de alimentos do mundo. Essa informação é parte do Anuário Estatístico da Agricultura Familiar 2023, elaborado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Segundo o anuário, a agricultura familiar no Brasil é vital para o abastecimento do mercado interno. São produzidos alimentos saudáveis com práticas sustentáveis. As propriedades familiares totalizam 3,9 milhões no país, representando 77% de todos os estabelecimentos agrícolas e ocupando uma área total de 80,8 milhões de hectares.

Na questão da produção agropecuária brasileira, essas propriedades são responsáveis por 23% do valor bruto. Além disso, 67% das ocupações rurais estão nas mãos dos agricultores familiares, totalizando 10,1 milhões de trabalhadores.

Importância econômica e regional da agricultura familiar

“A maioria desses trabalhadores – 46,6% – está no Nordeste”, destaca o relatório. O Sudeste vem em segundo lugar com 16,5%, seguido pelo Sul com 16%, Norte com 15,4% e Centro-Oeste com 5,5%.

O relatório da Contag também evidencia que a agricultura familiar não só produz alimentos, mas também impulsiona a economia. Segundo o estudo, essa forma de produção é responsável por 40% da renda da população economicamente ativa de 90% dos municípios com até 20 mil habitantes.

No final de junho, o governo federal anunciou o Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/2024, destinando R$ 71,6 bilhões ao crédito rural no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Este valor é um aumento de 34% em relação ao plano anterior e é o maior da série histórica.

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