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Planeta Terra

A tragédia da gripe aviária: ursos cegos e águias caindo do céu

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A crise sanitária do momento é uma epidemia de gripe aviária, que pode ser a pior da história moderna, segundo especialistas. Ainda que o número de casos e mortes seja relativamente baixo em comparação com outras doenças, como a COVID-19, a gripe aviária é uma ameaça significativa para a saúde pública e a economia global.

A doença começou em dezembro de 2022, na região da Ásia-Pacífico, e se seguiu rapidamente para outros continentes, incluindo Europa e América do Norte. O vírus responsável pela doença, o H5N8, é altamente patogênico e letal para aves, o que tem levado a intoxicações em massa de rebanhos avícolas.

Gripe aviária já é uma tragédia

No final do outono de 2022, o biólogo da vida selvagem da Universidade da Geórgia David Stallknecht ouviu que corpos estavam chovendo do céu. Milhares de carcaças brancas e fantasmagóricas de gansos-da-neve estavam espalhadas por campos agrícolas na Louisiana, Missouri e Arkansas. Os pássaros tentaram levantar vôo, apenas para mergulhar de volta ao chão. “As pessoas diziam que estavam literalmente caindo mortas”, disse Stallknecht.

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O vírus tem penetrado constantemente nas populações de mamíferos — raposas, ursos, visons, baleias, focas — tanto na terra quanto no mar. Além disso, há preocupações de que o vírus possa ficar estável e se tornar transmissível de pessoa para pessoa, o que aumentaria significativamente o risco de uma pandemia global.

A resposta dos governos e da comunidade científica tem sido rápida e coordenada, com esforços para conter a força do vírus e desenvolver vacinas eficazes. No entanto, ainda há desafios experimentados a serem superados, como a falta de financiamento e infraestrutura em países de baixa e média renda, onde o surto pode ser mais difícil de controlar.

Relação da gripe aviária com a economia global

A epidemia de gripe aviária também destaca a interconexão da economia global e como eventos em um país ou região podem afetar outros em todo o mundo. A suspensão do comércio de aves e produtos avícolas afetou a indústria alimentícia e pode levar a um aumento nos preços dos alimentos em alguns países. As restrições de viagem e a diminuição do turismo podem afetar a economia de muitos países que dependem dessas atividades.

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Outra questão importante é a necessidade de preparação para crises sanitárias globais, especialmente em um mundo cada vez mais interconectado. A epidemia de gripe aviária destaca a importância da colaboração internacional, do compartilhamento de informações e do desenvolvimento de protocolos de resposta em casos de emergência. As lições aprendidas com esta epidemia podem ser aplicadas em futuras crises de saúde pública.

Questões éticas

A gripe aviária levanta questões éticas importantes em relação aos desejos em massa de animais. Embora seja uma medida necessária para conter a controlada do vírus, o extermínio em larga escala de aves tem consequências éticas e ambientais. A indústria avícola pode precisar reavaliar suas práticas e implementar medidas de prevenção mais eficazes para evitar surtos de doenças no futuro.

Muitas vítimas

Cientistas americanos detectaram o vírus em mais de 150 espécies de aves selvagens e domésticas e em pelo menos uma dúzia de tipos diferentes de mamíferos. É, portanto, a lista mais longa e diversificada de vítimas que o vírus já fez neste lado do mundo.

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Animais que testam positivo apresentam problemas neurológicos dilacerantes: os cisnes podem nadar em círculos apáticos; os gansos podem gingar trêmulos nas margens, com os pescoços torcidos e virados; as águias podem bater as asas derrotadas de seus poleiros, incapazes de se lançar no ar; ursos pardos cegos e golfinhos afetados.

Consequências

A epidemia de gripe aviária, que tem afetado diversas regiões do mundo, é mais uma evidência da interdependência entre os ecossistemas e os seres humanos. O impacto da redução da população de aves não se limita apenas aos animais, mas se estende à saúde pública, à economia e ao meio ambiente como um todo.

A epidemia atual “pode não estar nos afetando diretamente, pois quase nenhum de nós está ficando doente”, diz Kishana Taylor, virologista da Rutgers University. Contudo, a extensão de seu alcance na vida selvagem significa que os humanos ainda perceberão seus muitos impactos.

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