No início de dezembro de 2021, um rover chinês identificou um objeto estranho no horizonte lunar. Na época, a Administração Espacial Nacional da China (CNSA) apelidou o achado de “cabana misteriosa”, uma alusão à presença de alienígenas no satélite, enquanto alguns outros sites só chamaram-no de “objeto lunar”. Contudo, todo o mistério acabou através de uma missão que identificou mais de perto o objeto.
A missão do rover chinês
O rover robótico Yutu-2 faz parte da missão chinesa Chang’e 4 para estudar a superfície lunar. O lançamento ocorreu em 2018, mas apenas em 2019 atingiu o satélite, com pouso bem sucedido no outro lado da Lua pela primeira vez.
Inclusive, o Yutu precisou “hibernar” por um mês após seu pouso, graças à temperatura extremamente fria na Lua, retomando suas atividades apenas em fevereiro. Desde então o astromóvel já percorreu mais de mil metros e ultrapassou sua estádia pré-determinada de três meses, atingindo 3 anos em atividade.
Assim, nesse período longe da Terra, Yutu-2 revelou informações sobre as camadas do solo lunar e identificou rochas nessas regiões, possíveis resultados de uma colisão com asteroide bilhões de anos atrás.
Conforme o blog “Nosso Espaço”, filiado da CNSA, o objeto misterioso estava apenas a cerca de 80 metros de distância, mas seriam necessários dois ou três messes para chegar no objeto, aproximadamente. Ademais, o Yutu também precisou desviar algumas crateras e buracos para se aproximar do objeto.
Identificação do objeto lunar misterioso
Depois de semanas de preparação e planejamento, finalmente, o veículo espacial identificou o objeto lunar misterioso, que não se parece nada com esse formato. Mesmo numa certa distância e antes do prazo previsto, as novas imagens coletadas já indicam se tratar apenas de mais uma rocha da superfície lunar.
Segundo os responsáveis pela missão, a aparência geométrica com linhas bem definidas da pedra foi apenas uma ilusão, baseada num simples truque de perspectiva, luz e sombras.
Na sexta-feira, uma foto tirada pelo Yutu-2 foi publicada no “Nosso Espaço” e segue abaixo:
Para um dos controladores do astromóvel na Agência, a pedra possui formato de um coelho, com algumas pedras menores na frente representando as cenouras. Inclusive o nome Yutu significa “coelho de jade” e, por isso, a pedra recebeu o mesmo nome.
Para essa avaliação mais detalhista os responsáveis realizaram uma aproximação da fotografia tirada pelo rover. Enfim, espera-se que quando em operação novamente o veículo espacial esteja ainda mais próximo do “coelho de jade”
