Pesquisadores encontraram 121 planetas gigantes que podem abrigar vida em suas luas

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Ilustração artística de uma exolua habitável. Foto: NASA

A pesquisa, realizada no final do ano passado, usou dados do arquivo de exoplanetas da NASA e fez com que cientistas conseguissem identificar 121 exoplanetas gigantes nas zonas habitáveis ​​de suas respectivas estrelas, com a expectativa de serem orbitadas por várias grandes luas que poderiam abrigar vida extraterrestre.

Os pesquisadores da Universidade da Califórnia e da Universidade de Southern Queensland publicaram seus resultados no The Astrophysical Journal. Eles foram capazes de identificar quais exoplanetas poderiam ter luas de habitáveis.

“Existem atualmente 175 luas conhecidas orbitando os oito planetas do nosso sistema solar. Enquanto a maioria dessas luas orbitam Saturno e Júpiter, que estão fora da zona habitável do sol, isso pode não ser o caso em outros sistemas solares. Incluindo exoluas rochosas em nossa busca pela vida no espaço expandirá grandemente os lugares que podemos olhar,” disse o astrônomo da Universidade da Califórnia Stephen Kane, co-autor da pesquisa.

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Há algum tempo se especula que exoluas podem proporcionar um ambiente favorável à vida, talvez até melhor do que aqueles encontrados na Terra — isso porque elas recebem energia não apenas de sua estrela, mas também da radiação refletida de seu planeta.

No Sistema Solar, por exemplo, acredita-se que uma das luas de Júpiter, Europa, contém um vasto oceano de água líquida sob sua superfície congelada que, de alguma forma, propiciaria a vida extraterrestre.

As luas do sistema solar que poderiam abrigar vida têm sido pouco exploradas, mas missões em progresso de instituições americanas e europeias procuram adentrar mais afundo nesses corpos pouco conhecidos, para entender melhor a capacidade que possuem de abrigar a vida.

“Agora que criamos um banco de dados dos planetas gigantes na zona habitável de suas estrelas, as observações dos melhores candidatos para abrigar exoluas em potencial serão feitas para ajudar a refinar as propriedades exóticas esperadas. Nossos estudos de acompanhamento ajudarão a informar futuros projeto do telescópio para que possamos detectar essas luas, estudar suas propriedades e procurar sinais de vida”, disse Michelle Hill, aluna da Universidade de Southern Queensland que trabalhou com Kane.

Exploring Kepler Giant Planets in the Habitable Zone, arXiv:1805.03370 [astroph.EP] arxiv.org/abs/1805.03370

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