A teoria da relatividade de Einstein é mais uma vez confirmada, agora em escala galáctica

SoCientífica

Mais uma vitória para a aparentemente invencível teoria da gravidade de Einstein. Um novo estudo mostra que a teoria geral da relatividade mantém-se verdadeira mesmo em vasta distâncias.

A relatividade geral prevaleceu dentro de uma região abrangente de uma distância galáctica de 6 mil anos-luz, cientistas reportaram na Science. Anteriormente, os pesquisadores testaram precisamente a teoria estudando seus feitos no sistema solar. Mas experimentos em largas escalas são mais difíceis. O novo teste é o mais acurado já realizado, mesmo em grandes distâncias.

De acordo com a relatividade geral, a força da gravidade é o resultado da matéria deformando o espaço-tempo. No estudo, o grupo olhou como a luz de uma galáxia foi curvada pela deformação enquanto a luz passou por uma galáxia entre a terra e o ponto de emanação de origem.  A galáxia mais próxima, conhecida por ESO 325-G004 e localizada a aproximadamente 450 milhões de anos-luz da Terra, alterou a imagem da galáxia distante e a fez ficar em formato de anel, como uma divertida versão cósmica de uma casa de espelhos.

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A luz de uma galáxia distante é moldada em um anel pela distorção do espaço-tempo causada por uma galáxia intermediária chamada ESO 325-G004 (ponto brilhante). O anel fica visível quando a luz brilhante da própria galáxia é removida da imagem.

Usando as observações da distante luz, os cientistas estimaram a massa da ESO 325-G004. Então eles compararam a medição com uma segunda massa de base estimada em como estrelas na galáxia orbitavam ao entorno e, portanto, quanta massa estava puxando sobre elas. As duas medições estavam de acordo, validando a teoria da Einstein.

O resultado desafia certos ajustes propostos para a relatividade geral, que preveem que as massas não serão compatíveis. Para os físicos, esses ajustes são atraentes porque podem eliminar a necessidade de energia escura, uma pressão misteriosa que se acredita estar por trás da expansão acelerada do universo. Mas até agora, Einstein ainda reina supremo.

Fonte: ScienceNews

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