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Ciência

Reator de fusão chinês bate novo recorde mundial

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Em 2006, a China iniciou a experimentação com o EAST – Experimental Advanced Superconducting Tokamak. O reator, um dos primeiros de fusão nuclear, tem o objetivo de abrir fronteiras para novas tecnologias energéticas. Buscando isso, então, a China acaba de bater o recorde de uso do reator: 101 segundos a 120 milhões de graus Celsius. ou seja, oito vezes mais quente que o núcleo do sol.

O EAST faz parte do projeto de mudança de matriz energética da China. De acordo com autoridades, em 2060 o país deverá atingir a neutralidade climática. Basicamente nesse ano o país estará produzindo energia limpa na maior parte de sua matriz energética. E é aí que entra o papel da fusão.

Diferentemente dos reatores de fissão (como o de Fukushima, por exemplo) os reatores de fusão nuclear não apresentam riscos tão altos. Isso porque ocorre pouca ou nenhuma formação de resíduos radioativos. Ademais, no caso de uma falha do equipamento, o máximo que acontece é que o reator derreta até parar de funcionar. Teoricamente, sem explosões nem nuvens de fumaçã tóxica.

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O EAST também conta com um intercâmbio de tecnologia com o ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor), sediado na França. Esse segundo reator deve ficar pronto em 2025 e promete fornecer o próximo passo na tecnologia energética mundial: energia limpa e abundante.

Como funciona a fusão nuclear

A fusão nuclear é o processo que acontece no núcleo do Sol. Como a pressão no interior da estrela é gigantesca, devido à sua massa, ocorre a formação do plasma. Esse estado da matéria acontece quando os elétrons se soltam do núcleo e ambos permanecem à deriva.

Esse material, então, permite que haja a colisão entre núcleos desses átomos (lembre-se que os núcleos são positivos e naturalmente se repelem). Isso permite a liberação de quantidades altíssimas de energia pela junção – fusão – destes átomos.

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Contudo, seria impossível simular a massa do sol na Terra, evidentemente. Assim, tecnologias como o EAST usam um campo magnético para manter as partículas em um compartimento com formato de rosquinha. Esse campo magnético se forma por super-ímãs resfriados a temperaturas próximas do zero absoluto (menos de 260°C negativos, ou quase 0°F).

Caso esses experimentos realmente se provem efetivos, os reatores de fusão podem substituir a maior parte de outras formas de produção de energia, principalmente o combustível fóssil. No entanto ainda há um longo caminho a se percorrer até a funcionalidade total dos reatores de fusão.

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