Em 1832, Charles Darwin se deparou com uma pequena raposa cinzenta na Ilha de Chiloé, no Chile. Esse encontro ajudou a impulsionar sua teoria da evolução. A raposa, oficialmente chamada de Lycalopex fulvipes, foi descrita como uma nova espécie em 1837 e ficou conhecida como raposa de Darwin.
Atualmente, estima-se que a população dessa espécie seja de apenas 1.000 indivíduos, sendo classificada como ameaçada de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A raposa de Darwin habita regiões florestais no Chile e na própria Ilha de Chiloé.
O fotógrafo Kevin Schafer, especializado em espécies pouco conhecidas e ameaçadas, decidiu registrar esses animais raros. Schafer é membro fundador da Liga Internacional de Fotógrafos de Conservação e busca contar as histórias dessas espécies através de seu trabalho.
Para encontrar a raposa de Darwin, Schafer contou com a ajuda de Jaime Jiménez, cientista chileno da Universidade de Los Lagos e especialista em L. fulvipes. Juntos, localizaram o animal na Ilha de Chiloé, à beira de uma densa floresta tropical.
Schafer conseguiu capturar algumas imagens da raposa antes que ela se escondesse na vegetação, comprovando sua reputação de um dos carnívoros mais evasivos do planeta. A foto rara revela um pouco mais sobre essa criatura indescritível e ajuda a conscientizar sobre a importância de preservar as espécies ameaçadas.