Connect with us

Cosmos

Por que a foto do buraco negro não é tão bonita quanto o do Interestelar?

Em 2019 o Event Horizon Telescope capturou a primeira foto de um buraco negro. Embora parecido com simulações, apresenta algumas diferenças.

Published

on

Em 2019, o Event Horizon Telescope (Telescópio Horizonte de Eventos), formado por vários telescópios pelo mundo, que possui virtualmente o tamanho da Terra, conseguiu capturar a primeira foto de um buraco negro.

O buraco negro em questão, é um buraco negro supermassivo que fica no centro da galáxia Messier 87, localizada a cerca de 55 milhões que anos-luz da Terra. A galáxia não é muito grande, é um pouco maior do que a Via Láctea.

Apesar de a imagem ter atendido as expectativas, e a foto ser de fato muito parecida com as nossas simulações baseadas na Relatividade de Einstein, para muitos ela deixa um pouco a desejar.

Advertisement

Interestelar é um dos filmes mais queridos pelos amantes de ciência. Sua história gira em torno do fato de que os recursos naturais a Terra estão acabando, e a Terra está morrendo.

Um grupo de pessoas, então, é selecionado para realizar uma viagem secreta, através de um buraco de minhoca próximo a Júpiter, e tentar encontrar um planeta fora do sistema solar para os humanos povoarem.

Se você assistiu ao filme, deve se lembrar o Gargantua, o buraco negro onde o clímax ocorre e, sem dar spoilers, a trama principal e o plot twist do final ocorre. Por que a imagem real não é tão bela quanto o Gargantua?

Advertisement

Expectativa e Realidade

“A imagem no Interestelar está quase correta”, explicou Kazunori Akiyama ao Gizmodo. Os produtores do filme contaram com bastante ajuda de cientistas para não diferir tanto da realidade.

O filme foi feito em 2014, 5 anos antes da coleta de dados do EHT, que se iniciou em 2006, ser concluída e processada, e mesmo assim a semelhança é muito boa.

O primeiro ponto que notamos é a falta de um “anel” na imagem real do M87, em comparação com o gargantua. O anel existe de fato, mas capturamos a foto de um ângulo polar do disco de acreção, omitindo-o.

Advertisement

Outro ponto do M87 é a falta de uniformidade no brilho ao longo do disco. A parte de baixo é mais brilhante. Isso se deve ao fato de que o material gira em torno do buraco negro. 

Há, na física, um fenômeno chamado de efeito doppler. Quando um objeto se afasta, notamos um desvio para o vermelho, e um desvio mais para o azul quando se aproxima. Isso ocorre com qualquer tipo de onda, como sonoras ou eletromagnéticas.

Nota-se, na parte que que se aproxima, um brilho maior, já que está um pouco mais próxima do comprimentos de onda azul. É o efeito doppler que faz a distorção na sirene de uma ambulância que se aproxima de afasta, por exemplo.

Advertisement

Já sabíamos que isso ocorre, pelas simulações. Christopher Nolan, o diretor do filme, entretanto, resolveu por deixar o buraco negro com um brilho mais uniforme, utilizando da licença poética por questões estéticas.

É claro que se tratando de um filme, a produção deve fazer de forma que seja agradável ao olhar do público, e não com uma acurácia científica. Nolan obedeceu a ciência no possível.

Com informações de Gizmodo.

Advertisement
Advertisement
Colagem de produtos em oferta

Aproveite nossas ofertas imperdíveis

Garimpamos as promoções mais quentes da internet para você economizar no que realmente vale a pena.

VER OFERTAS

Copyright © 2025 SoCientífica e a terceiros, quando indicado.