Os 10 piores genocídios da história

Dominic Albuquerque
Campo de concentração de Auschwitz, onde ocorreu o extermínio de judeus e outras minorias. Imagem: Pixabay

Os piores genocídios da história denotam uma parte sombria não apenas da humanidade, mas da própria espécie humana, capaz de infligir danos contra si mesmo em nome de diferentes objetivos.

O conceito de genocídio engloba o assassinato deliberado de um grande número de pessoas de uma nação ou grupo étnico, com o objetivo de sua destruição. A perda de todo um grupo é, também, uma perda para o resto do mundo, pois suas tradições e culturas deixam de existir.

Diferentes genocídios ocorreram ao longo da história, em todos os continentes do mundo. Seja por guerras, conflitos étnicos e religiosos, pressuposição de superioridade ou busca por colonização, alguns dos genocídios são também muito recentes, demonstrando que tais males assombrosos não estão tão distantes assim da humanidade moderna como se poderia pensar.

Piores genocídios da história

Genocídios perpetrados pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial

Os genocídios cometidos pelo Terceiro Reich ocorreram através de uma exterminação sistemática daqueles que eram vistos como “inferiores”. Relatórios na mídia pelo país tornaram público o conhecimento de que assassinatos estavam ocorrendo em campos de concentração.

O total de mortes de judeus, minorias, prisioneiros de guerra soviéticos e 8% da população polonesa totalizaram entre 9,3-13,5 milhões de pessoas. O principal método ocorreu em câmaras de gás.

Holodomor

Holodomor
Imagem/Reprodução: Portal G1

Raramente ensinado nas escolas, um dos piores genocídios da história foi realizado pela União Soviética. Entre 1932 e 1933, cerca de 4 milhões de ucranianos foram intencionalmente mortos de fome. Essa fome artificial ocorreu em resposta às rebeliões dos camponeses ucranianos contra as políticas soviéticas.

O partido comunista queria restringir a agricultura ao controle estatal.

Genocídio cambojano

Entre 1975 e 1979, a administração de Pol Pot, o Khmer Vermelho, orquestrou a morte de cerca de 3 milhões de pessoas, através de campos de extermínio. O motivo por trás disso era a criação de um estado socialista agrário. Meses antes do início, o Khmer Vermelho recebeu a aprovação e apoio de Mao Tsé-Tung e do Partido Comunista Chinês.

Os Estados Unidos são acusados de ignorarem o genocídio em busca de realizarem seus objetivos políticos em outra região, durante a Guerra do Vietnã.

Genocídio de Ruanda

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Imagem: Xavier Lassalle

Um dos piores genocídios da história é bem recente, tendo ocorrido no ano de 1994. Durou três meses até um cessar fogo, onde mais de meio milhões de inocentes foram atacados pelas milícias hutus, num esforço para eliminar o grupo étnico tutsi.

Críticos apontam não somente os líderes hutus, mas também as nações que não interferiram.

Genocídios otomanos

O Império Otomano governou grande parte das costas no Mediterrâneo após sua ascensão em 1299, até sua queda na Primeira Guerra Mundial. Entre 1894 e 1922, os otomanos iniciaram quatro genocídios: dois massacres dos armênios, um dos assírios e um último dos gregos que viviam no que hoje é a Turquia.

O total de armênios mortos foi em torno de 1 milhão, ou 90% da sua população dentro do império, sendo um dos piores genocídios da história. O assunto ainda é polêmico hoje, pois a dizimação dos armênios permitiu que o nação-estado atual da Turquia pudesse existir.

Genocídio de Dzungar

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Imagem: Domínio Público

De 1636 até 1912, a dinastia Qing governou a região que hoje conhecemos como a China. Sua expansão sem precedentes e manutenção do território ocorreu sob grandes custos em nome da unificação.

O genocídio da tribo nômade dos dzungar, que vivia nas terras entre o Cazaquistão e o sul da Sibéria, foi comandado pelo imperador Qianlong. A guerra entre os grupos começou em 1687, e quando os dzungar se recusaram ceder, seu extermínio foi autorizado pela dinastia, afirmando que os céus permitiam tal ação contra um povo tão “bárbaro”.

Genocídio circassiano

O Império Russo queria se expandir, e a região do Cáucaso era tentadora. As deportações começaram ao final do século XVIII, mas os horrores ocorreram de fato na década de 1860.

O tsar Alexandre II ordenou a deportação dos circassianos, mas os comandantes optaram pelo genocídio. Mutilações públicas e crimes contra a humanidade foram comuns, e as mortes e assassinatos contribuíram com o desaparecimento de 95% da população circassiana, um dos piores genocídios da história.

Genocídio em Bangladesh

Mulheres bengali foram declaradas como “propriedade pública”. Cerca de três milhões de bengalis foram assassinados. Líderes religiosos e políticos do Paquistão simplesmente desejavam silenciar os grupos de pessoas bengali e hindu, e a violência dos extremistas islâmicos e do exército paquistanês não tinha fim.

O presidente estadunidense Nixon recusou abordar e lidar com essa questão, pois queria preservar o Paquistão como um aliado durante a Guerra Fria.

Genocídio dos indígenas americanos

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A eliminação de cerca de 55 milhões de indígenas americanos por forças europeias foi sistemático e racial. Entre 1492 e 1832, colonizadores europeus se engajaram numa guerra física e biológica com os povos nativos, alguns dos quais tinham civilizações sofisticadas, como os incas e astecas.

Os colonizadores acreditavam em sua superioridade, e além da conquista do território, também trouxeram doenças que dizimaram diferentes populações. Assim, 90% da população nativa morreu, permitindo que os colonizadores europeus se disseminassem na região.

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