Não é preciso ser nenhum especialista para saber que a educação brasileira não é encarada como prioridade por grande parte dos representantes políticos. O reflexo desse descaso é visto na posição do país no ranking que avaliou as nações com o melhor índice de educação básica do mundo, realizado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Todo o estudo foi baseado no desempenho dos alunos em um teste chamado PISA – Programme for International Student Assessment (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), que é uma avaliação comparada para estudantes que estão saindo da educação básica, na faixa dos 15 anos.
Ele avalia até que ponto os alunos próximos ao final da educação básica (normalmente por volta dos 15 anos) adquiriram conhecimentos e habilidades essenciais para a plena participação nas sociedades modernas, especialmente no que diz respeito à leitura, matemática e ciências.
Países com as melhores educações do mundo
Finlândia
O novo currículo do país enfatiza as competências transversais na instrução.
O que são habilidades transversais? São coisas como aprender a aprender, competência cultural, interação e autoexpressão.
Eles se concentram em cuidar de si mesmos e gerenciar a vida cotidiana, mas também abrangem a competência com tecnologia e a vida profissional.
Há também uma ênfase na construção de habilidades ativas que os alunos vão precisar para o resto de suas vidas, como empreendedorismo, participação, envolvimento e criação de um futuro sustentável.
Canadá
O sistema escolar canadense começa com o jardim de infância, que não é obrigatório, destinado para crianças de 4 a 5 anos, com duração de dois anos.
Então, o ciclo de estudos no Canadá é concluído em 12 anos e, normalmente, é dividido da seguinte forma:
- 6 aos 11 anos: do 1.° ao 6.° ano: Elementary school (ensino fundamental);
- 12 aos 15 anos: do 7.° ao 9.° ano: Middle school (ensino fundamental II);
- 16 aos 18 anos: do 10.° ao 12.° ano: Secondary school (ensino médio).
Após terminar o 12° ano, já é possível obter o diploma e depois se matricular na universidade ou em cursos profissionalizantes.
Japão
Este país tecnologicamente avançado é conhecido por ter um dos melhores sistemas de educação do mundo. O sistema de educação aqui é exemplar, e até mesmo estudantes internacionais podem obter bolsas de estudo oferecidas pelo governo japonês.
A educação japonesa prima por uma disciplina radical e uma tradição acirrada, fatores já responsabilizados várias vezes pelo alto índice de suicídios entre adolescentes e jovens, os quais são psicologicamente pressionados pelas famílias e por este sistema educacional altamente exigente.
Atualmente este mecanismo está em fase de transformação, pois no Japão também urge a acomodação da educação ao mundo pós-moderno; assim, é preciso que os alunos aprendam também a exercitar a liberdade e o ato criador.
As principais instituições universitárias japonesas hoje são a Universidade de Tóquio, a Universidade de Quioto e a Universidade de Osaka. As escolas particulares têm um papel igualmente importante na educação, especialmente nas esferas da pré-escola e do ensino superior.
Luxemburgo
Em Luxemburgo, a escolaridade é obrigatória entre os 4 e os 16 anos. Inclui um mínimo de 12 anos, repartidos entre ensino fundamental e ensino pós-primário.
O ensino fundamental engloba quatro ciclos, que incluem o pré-escolar e o primário, para as crianças entre os 4 e os 11 anos.
O ensino pós-primário inclui duas ordens: o ensino secundário clássico, cujos estudos, com duração de 7 anos, conduzem à obtenção do diploma de fim de estudos secundários, que preparam para os estudos universitários.
O ensino secundário geral, que engloba diferentes regimes de formação, com duração entre 6 a 8 anos de acordo com a orientação escolhida:
- Regime técnico (Diploma de fim de estudos secundários geral – DFESG)
- Formação de técnico (Diploma de técnico – DT)
- Formação profissional inicial (Diploma de aptidão profissional – DAP)
- Formação profissional básica (Certificado de capacidade profissional – CCP)
Os estudos superiores agrupam o acesso ao Certificado de formação de mestre, ao Certificado de técnico superior (BTS) ou a um diploma universitário (Licenciatura, Mestrado, Doutoramento).
Coreia do Sul
O ensino coreano tem um ano letivo parecido com o nosso, com exceção de algumas coisas: os dois períodos de férias do ano um pouco maiores e a divisão de períodos. Lá, o ano é separado em dois semestres, com férias de verão (de julho a agosto) e de inverno (de dezembro a fevereiro).
Lá, existem três tipos de faculdade:
- Faculdades comunitárias (chamadas de junior colleges, têm cursos que duram até três anos)
- Universidades (com cursos de quatro anos de duração)
- Escolas de pós-graduação
- Cyber universities, que promovem o ensino à distância.
As universidades coreanas são divididas em três grupos: nacionais, públicas e particulares. Além disso, existem diversos programas de ensino que disponibilizam até cursos e graduações para estudantes estrangeiros.
O tempo de estudo nas escolas coreanas também é parecido com o nosso: com 18 a 19 anos, os coreanos se formam no ensino médio, chamado de “alta escola”, a parte não obrigatória dos estudos. Nos dois últimos anos da alta escola, os alunos participam de aulas vocacionais que têm o objetivo de prepará-los para o mercado de trabalho coreano.
Caso o aluno queira continuar seus estudos entrando em uma universidade, existe o “ENEM” coreano: uma prova chamada de suneung, que acontece na segunda quinta-feira de novembro e dura em torno de seis horas. Como você pode imaginar, todo o sistema de provas é feito com a máxima organização possível. Nesse caso, o aluno estudará por mais alguns anos.
Israel
O sistema educacional em Israel é semelhante ao sistema americano. Com 5 anos, todas as crianças são obrigadas a atender a pré-escola (Gan Hová). A partir dos 6 anos, a criança deve começar a escola fundamental que demora 6 anos. Aos 13 anos o jovem estudante passa para o colégio que leva 3 anos. Após o colégio o aluno entra no ginásio, em qual ele se preparará as provas de Bagrut, que lhe permitarão o acesso ao ensino universitário. O ginásio leva geralmente 3 anos. Em total o sistema de educação fundamental e média leva 13 anos, de qual somente 11 são obrigatórias.
Estados Unidos
Nos Estados Unidos a legislação torna compulsória a educação pelo menos nos 13 primeiros anos de aprendizagem. Neste sentido o país é amplamente democrático, pois independentemente do gênero, da opção religiosa, da etnia, da raça, da existência de carências orgânicas, da capacidade de aprender ou do dom para o domínio de uma língua, o estudante conquista o direito de estudar.
Os alunos podem escolher se vão cursar instituições públicas, particulares ou domésticas. As duas primeiras modalidades apresentam três etapas: a elementar — ‘elementary school’; a média — ‘middle school’; e a secundária — ‘high school’. Após a conclusão deste percurso e a obtenção do diploma secundário, o aluno tem a opção de ingressar em um College, na Universidade ou em instituições profissionalizantes. As faculdades e escolas de nível superior são todas pagas, inclusive as públicas.
Irlanda
O sistema de ensino de segundo grau irlandês é dividido em dois ciclos chamados de Ciclo Júnior e Ciclo Sênior, concluídos ao longo de um período de 5 ou 6 anos, geralmente dos 12 aos 18 anos. Abaixo você encontrará uma orientação quanto à faixa etária dentro de cada grupo de anos. No entanto, isso não é definitivo e não determina necessariamente o grupo em que seu filho pode se matricular. É simplesmente um guia para sua referência.
O Ciclo Júnior abrange os primeiros três anos e oferece um amplo currículo em que os alunos normalmente estudam 11 disciplinas que levam ao primeiro exame estadual, denominado Certificado Júnior, no final do ano 3.
O Ano de Transição oferece aos alunos uma variedade de novas experiências educacionais, onde os alunos são incentivados a experimentar novos assuntos e a crescer e se desenvolver pessoal e academicamente. Não há exames formais no TY, então os alunos estão sob menos pressão e podem explorar e expandir seus horizontes, o que pode ajudá-los a tomar melhores decisões sobre quais matérias seguir em seus anos finais e além. TY também inclui um período de experiência de trabalho e outras oportunidades para melhorar as habilidades práticas da vida.
Os dois anos finais do Ciclo Sênior são os anos 5 e 6, que culminam no exame estadual final chamado Certificado de Conclusão. Os alunos fazem três disciplinas principais e se especializam em três ou quatro disciplinas eletivas.
Reino Unido
A educação na Inglaterra é uma das melhores do mundo e atende aos mais altos padrões de qualidade, obrigatória para aqueles com idade entre 5 e 16 anos. O sistema educacional é composto por blocos de anos chamados Key Stages, no final de cada etapa a instituição de ensino avalia o desempenho do aluno.
Ao terminar o 11º ano do ensino na Inglaterra, os alunos precisam fazer o teste General Certificate of Secondary Education (GCSE), normalmente exigidos para trabalhar na Inglaterra.
Austrália
Na Austrália, a educação é obrigatória para crianças entre 6 e 17 anos. As escolas primárias dão apoio a estudantes internacionais com o aprendizado do inglês, enquanto realizam aulas normais com os demais estudantes. Já o aluno do ensino secundário precisa de boas habilidades de língua inglesa, sendo assim, pode ser exigido que ele faça um curso de inglês intensivo antes de ingressar na sua nova escola caso não tenha o nível desejado de conhecimento do idioma.
As aulas acontecem de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 15h30. No calendário escolar é dividido em quatro termos (ou sessões) que, geralmente, começam no final de janeiro ou início de fevereiro e segue até dezembro. Há um curto intervalo entre os termos e um mais longo no verão.