NASA anunciará grande descoberta sobre a Lua na segunda-feira

Felipe Miranda
(Créditos da imagem: SOFIA/NASA).

Embora a Lua seja nosso satélite natural e estejamos a estudando e observando há milhares de anos – ou décadas, com equipamentos tecnológicos, muito falta a se descobrir sobre. Somos completamente ignorantes, mesmo com tanta informação, e o universo é uma grande incógnita. No domingo, a NASA promete o anúncio de uma grande descoberta sobre a Lua.

“A NASA anunciará uma excitante nova descoberta sobre a Lua do Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy (SOFIA) em uma teleconferência de mídia às 12 horas EDT segunda-feira, 26 de outubro”, nas palavras da agência. A NASA transmitirá o áudio da reunião publicamente por meio deste link.

Telescópio voador

Uma parte interessante do anúncio é o telescópio utilizado na descoberta. O Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy (SOFIA), ou Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha é bastante peculiar, já que é equipado em um avião.

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(Créditos da imagem: SOFIA/NASA).

O Boeing 747 é muito utilizado como avião comercial – tanto para passageiros como para carga. Mas a NASA o modificou para carregar o telescópio. A 11 quilômetros de altitude, o avião está acima da maior parte da atmosfera da Terra. É esse o ponto vantajoso de se instalar um telescópio em um avião.

Como já falamos aqui na Socientífica, os obstáculos barram facilmente as ondas infravermelhas.. Você não consegue, por exemplo, controlar sua televisão atrás de uma parede. Isso ocorre porque quanto maior a frequência de uma onda, mais ela interage com a matéria. O rádio, por exemplo, é capaz de viajar centenas, ou até milhares de quilômetros. Já as antenas de celulares são muito mais frequentes, pois as microondas viajam menos.

As ondas infravermelhas, por sua vez, carregam uma boa quantidade de informações, então são ótimas nesse sentido, mas são barradas ainda mais facilmente do que as microondas. Portanto, a atmosfera terrestre é a maior inimiga da astronomia infravermelha. A vantagem de viajar pela estratosfera é não passar pela atmosfera da Terra.

“Como o maior observatório aerotransportado do mundo, o SOFIA é um 747 modificado que voa alto na atmosfera para fornecer ao seu telescópio de quase 9 pés uma visão clara do universo e dos objetos em nosso sistema solar. Voando acima de 99% do vapor de água que obscurece a atmosfera, SOFIA observa em comprimentos de onda infravermelhos e pode detectar fenômenos impossíveis de ver com a luz visível”, diz a NASA.

Um anúncio excitante?

O currículo de SOFIA não é muito humilde, na verdade. SOFIA identificou oxigênio na atmosfera de Marte, observou a primeira ligação molecular detectada no espaço. Além disso, SOFIA observou além, como colisões de exoplanetas, colisões e galáxias, e lindas fotografias, como a foto abaixo, que representa o centro da Via Láctea.

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(Créditos da imagem: SOFIA/NASA).

Mas os cientistas resolveram ser um pouco menos megalomaníacos dessa vez, e voltaram a atenção de SOFIA para a vizinhança. A agência não dá pistas sobre o anúncio, mas cita a missão Artemis, que levará os humanos para a Lua em 2024. O comunicado cita também a  importância de se conhecer a Lua  para entender a formação do sistema solar.

O foco atual na Lua é importante, já que o satélite natural fornece uma porta de entrada para o espaço além. Além de atrapalhar as observações astronômicas, a atmosfera atrapalha o lançamento de foguetes. Por isso, é difícil enviar humanos para Marte.

Humanos necessitam de muito material de apoio, entre comida, ferramentas e equipamentos de sobrevivência – coisas que robôs não precisam. Por isso até hoje não enviamos humanos para Marte. Portanto, é importante instituir um espaçoporto na Lua. A base servirá para reabastecimento de foguetes.

Fique de olho aqui na SoCientífica para saber qual é essa grande descoberta sobre a Lua.

Com informações de NASA e Science Alert.

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