Nesta sexta-feira (19), o eclipse lunar parcial mais longo em 580 anos será visível do Brasil. No auge do fenômeno, a superfície da Lua será coberta pela sombra da Terra, a ponto de parecer avermelhada. Embora menos espetaculares, eclipses parciais ocorrem com mais frequência do que eclipses totais.
A América do Norte, assim como grandes porções da América do Sul, Polinésia, leste da Austrália e nordeste da Ásia, terão o privilégio de ver o fenômeno astronômico.
O eclipse parcial começa às 4h19, no horário de Brasília, e deve durar pouco mais que três horas. O pico deve ocorrer às 6 da manhã, mas devido ao fato da Lua estar abaixo do horizonte no Brasil, será impossível de se ver. Para os brasileiros, o melhor momento para ver o fenômeno será imediatamente após seu início, por volta das 4 da manhã, quando começa o eclipse parcial. A visibilidade variará de acordo com o tempo e o fenômeno será mais visível no norte do país do que no sul.
Micro-lua e super-lua
O eclipse lunar parcial nesta sexta-feira (19) durará mais do que muitos eclipses lunares totais. Por exemplo, o eclipse total de 26 de maio de 2021 durou 18.127 segundos, ou cerca de uma hora a menos.
Por que o eclipse de novembro de 2021 é tão longo? O eclipse atinge seu ponto máximo aproximadamente 41 horas antes que a Lua alcance o apogeu, seu ponto mais distante da Terra neste mês. A Lua viaja mais devagar ao longo de sua órbita, quanto mais distante ela estiver. No apogeu, a Lua simplesmente leva mais tempo para atravessar a sombra da Terra.
Em maio de 2021, ao contrário, o eclipse máximo ocorreu aproximadamente 9 horas após o perigeu, a aproximação mais próxima da Lua à Terra naquele mês. Outra maneira de dizer é que o eclipse de novembro ocorre durante uma micro-lua. Já o eclipse de maio foi acompanhado por uma super-lua.