Você já se perguntou por qual motivo suas veias aparecem da cor diferente que elas são? Caso você não saiba, as veias são vermelhas assim como o nosso sangue! Mas, por que enxergamos elas de uma cor diferente? Por que na maioria das vezes a veia parece ser azulada ou esverdeada? Isso tudo é por causa da Luz!
A resposta para essa pergunta pode variar muito e também depende de vários fatores. Por exemplo, alguns destes fatores podem varias de acordo com sua perspectiva ocular ou como irá se comportar quando entrar em contato com seu corpo. Em suma, são todos aspectos físicos que são usados para justificar essa pergunta.
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Como aprendemos no ensino médio, que a luz viaja em altos e baixos, podendo variar consideravelmente seu tamanho de onda e frequência. Portanto, é por esse motivo que pessoas que sofrem de daltonismo possuem dificuldades em captar algumas frequências. Logo, conseguirão ver apenas cores limitadas. Assim sendo, podemos usar a mesma explicação para essa questão: o comprimento da onda de luz vermelha é longo, enquanto a violeta é curto. Devemos também considerar que o restante do espectro se espalha pelo meio.
Então, a luz tem a ver com a cor da minha veia?
Em suma, a luz irá ser refletida de determinada superfície e será emitida em uma frequência que poderá ser captada por nossos olhos. Um exemplo de teste em laboratório usando experiência com luz é a Espectrometria. Esse experimento usa a luz para descobrir muitas características dos componentes de uma substância. Com a veia do seu braço não funciona diferente!
Portanto, para entender como conseguimos ver as veias e como isso tem a ver com a luz, é importante compreender como funciona essa história de diferentes comprimentos de luz, quão longe ela consegue viajar através da pele e o que acontece quando entra em contato. Resumindo para você: a luz que atinge nossa pele durante o dia é branca, ou seja, uma união de todas as cores do espectro visível. Quando você enxerga a cor branca, significa que ali estão contidas todas as cores refletidas. O oposto ocorre quando vê o negro: são absorvidas todas as cores mas nenhuma delas é refletida.
Como a luz vermelha contida dentro da branca tem um longo comprimento de onda, é muito mais fácil que ela passe pelas moléculas sem sofrer alterações. Logo, isso significa que ela tem a capacidade de viajar por todos os tecidos de nosso corpo, chegando até onde estão localizadas as veias. Portanto, quando em contato com elas, a hemoglobina absorve. Isso você mesmo poderá testar: note que quando você acende a lanterna de seu celular sobre os pulsos ou dedos, verá que apenas nas veias a luz não voltará tão intensa. Esse teste também é muito utilizado por médicos com o intuito de coletarem sangue de seus pacientes.
Uma relação física complexa
Consequentemente, enquanto a luz vermelha é dificilmente dispersa devido ao seu comprimento, o mesmo não ocorre com a azul. Ela não consegue penetrar tão profundamente na pele humana e quando a atinge, é rapidamente desviada. Como prova desta relação física é que quando você está em uma sala completamente azul, você não conseguirá encontrar veia alguma. Se você já frequentou festas em baladas, a cor azulada das lâmpadas não é pela decoração: é exatamente para que os indivíduos não encontrem as veias para aplicar drogas através de seringas. Imagine-se em um local em que as duas brilham simultaneamente: o mesmo ocorre quando você está em contato com a luz branca. Pois, como dissemos, na cor branca estão unidas todas as outras cores. Logo, onde você tiver veias, você refletirá a cor azul enquanto em outros lugares verá mais forte a cor vermelha, justamente pela absorção das moléculas e comprimentos.
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Uma outra curiosidade é que quando as veias estão muito próximas da superfície e sejam mais finas, seja mais difícil observá-las. Isso se deve pelo fato explicado anteriormente: o azul será refletico por não conseguir ultrapassar uma camada profunda. Se por algum motivo ele não for disperso pela camada da pele, você não terá a veia com cor azul. No século XIX, período do romantismo, as pessoas da nobreza não eram costumadas a trabalhar: as veias não ficavam tão saltadas. Logo, eram mais refletidas, especialmente pelo fato de serem muito pálidos. Foi então que originou a expressão sangue azul: como praticamente apenas os nobres tinham veias azuis, acreditava-se que era um sangue real.
Com informações de The Conversation.