Lolita, a orca mais velha em cativeiro, capturada no noroeste do Pacífico quando tinha apenas 4 anos, está prestes a ser liberta na vida selvagem após mais de 50 anos em cativeiro.
Grupos de direitos dos animais manifestaram preocupação com a situação da orca, e o Miami Seaquarium anunciou os planos de libertação.
Após uma década de protestos e ações judiciais, a organização sem fins lucrativos Friends of Toki conseguiu garantir a libertação de Lolita, graças a um acordo firmado com o Seaquarium. A realocação será financiada pelo filantropo e proprietário da NFL, Jim Irsay.
O processo de realocação pode levar até 24 meses e custar cerca de US$ 20 milhões.
Lolita será levada de volta ao noroeste do Pacífico, onde receberá cuidados de treinadores em um santuário fechado. Ali, aprenderá a caçar e a fortalecer seus músculos para enfrentar a vida selvagem.
A orca, hoje com 57 anos, aposentou-se das apresentações no ano passado e vive atualmente em um tanque de 24 por 11 metros. Howard Garrett, presidente do conselho do grupo de defesa Orca Network, afirmou que a libertação de Lolita é um passo para restaurar nosso ambiente natural e corrigir erros cometidos no passado.
Lolita faz parte de um grupo de orcas ameaçadas, conhecidas como “baleias-assassinas residentes no sul”, que habitam as águas entre Washington e o Canadá. A população desse grupo diminuiu significativamente nas décadas de 1960 e 1970, quando cerca de 45 orcas foram capturadas e levadas a parques temáticos.
A mãe de Lolita, que tem quase 100 anos, é uma das poucas orcas remanescentes do clã chamado L pod e ainda nada nas águas do noroeste do Pacífico. A longevidade da mãe dá esperança aos defensores de que Lolita também possa desfrutar de muitos anos de liberdade.