Grupo de lontras de rio está atacando pessoas e cães no Alasca

Wellington Reis
Imagem: pixel2013/Pixabay

Lontras causaram 3 incidentes somente em setembro deste ano. Não é a primeira vez que algo assim acontece. Elas vem atacando humanos e seus pets mais vezes.

O perigo das lontras

“ALERTA DE LONTRA!” É o que está escrito em uma placa amarela na University Lake Dog Park em Anchorage, Alasca.

Nela, há uma silhueta negra esbelta do mamífero aquático agressor. 

Zachariah Hughes do Anchorage Daily News explica que em 20 de setembro um grupo de lontras de rio “atacou cachorros e mordeu uma pessoa perto do lago”, relata.

Uma mulher rapidamente interveio para salvar seu cachorro da investida de lontras agressivas. 

Mais tarde, naquele mesmo dia, lontras morderam outro cachorro em uma área diferente do mesmo lago, de acordo com um comunicado do Departamento de Pesca e Caça do Alasca (ADFG), citado pelo Daily News.

Esse padrão de ataques começou em setembro, quando um menino de nove anos foi mordido várias vezes em um lago com patos em East Anchorage. 

Na ocasião, o menino estava gravando um vídeo das lontras, quando uma se afastou do grupo e foi direto para o menino e seu irmão mais velho.

Enquanto os irmãos fugiam, o menino de nove anos tropeçou e caiu. Nesse momento, a lontra deu mordidas que perfuraram suas pernas e pés, segundo o Daily News.

De acordo com reportagem da Associated Press, os funcionários do ADFG estão pedindo às pessoas que tenham cuidado se estiverem perto de rios e riachos devido aos ataques.

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Imagem:finalart2005/Pixabay

Ataques recorrentes

Apesar do destaque recente, não é a primeira vez que as lontras agem agressivamente com humanos e seus animais de estimação, mas não é considerado comum, pela AP.

As autoridades iniciaram uma investigação para averiguar se todos os incidentes envolvem o mesmo grupo de lontras.

Segundo David Battle, biólogo ADFG, poderia muito bem ser apenas um grupo de lontras teimosas, que normalmente vivem em grupos.

“Sempre parece ter havido quatro ou cinco lontras envolvidas em todos os incidentes”, disse Battle. 

“Considerando a raridade desse comportamento em lontras e o fato de que nosso primeiro ataque relatado foi em 2019 e já aconteceu várias vezes desde então, é muito provável que este seja um grupo que permaneceu junto por um tempo ou que se reúne frequentemente ao longo de um período de tempo.”

Em comunicado citado pela AP, o ADFG afirma que “devido ao risco para a segurança pública, serão feitos esforços para localizar este grupo de lontras e retirá-las. Cuidado será tomado para remover apenas os animais que exibem esses comportamentos incomuns.”

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