“Extinto programa secreto” americano de caça aos ovnis pode não estar de fato extinto

Felipe Miranda
(Créditos da imagem: Departamento de Defesa dos Estados Unidos)

Entre memes, surpresa e polêmicas, o pentágono,  Departamento de Defesa dos EUA, liberou há algumas semanas vídeos de OVNIS (objetos voadores não identificados) – não extraterrestres, pelo menos até onde se sabe. Isso gerou debates sobre a “caça aos ovnis”, oficialmente extinta.

Apesar de serem comumente ligados, pelo público leigo, a naves alienígenas, os ovnis são qualquer coisa voadora que ninguém consiga identificar. Na maioria das vezes, são fenômenos atmosféricos, e é por isso que os especialistas estão preferindo que sejam chamados de ‘fenômenos aéreos não identificados’.

Um grupo de caça aos ovnis teria sido, supostamente desmantelado em 2012. Entretanto, relatórios do Senado americano indicam que ainda há um grupo responsável por isso.

Ao invés de dissolvido de fato, ele apenas mudou seu nome e subordinação, conforme o New York Times. Agora, o grupo pertence ao Gabinete de Inteligência Naval da US Navy, a marinha americana.

Aparentemente, ele não existia oficialmente, pelo menos para o público. Mas o senado americano queria a liberação de mais dados sobre ovnis, e citou a ‘Força-Tarefa de Fenômenos Aéreos Não Identificados’ (UAPTF).

O documento sugeria uma padronização dos relatórios que descrevem os fenômenos e uma liberação ao público com um prazo de 180 dias após a liberação pelo órgão de inteligência responsável.

Há, também, algumas coisas bastante esquisitas, como uma menção à “veículos de fora do mundo não fabricados na Terra, sem apresentar fontes, entretanto, conforme o LiveScience.

Se eles possuem caças aos ovnis é porque há extraterrestres?

Devemos lembrar que os Estados Unidos são um país extremamente militarizado. Uma descrição mais correta seria dizer que os Estados Unidos são um país quase paranóico, com seu império. 

Em 2019, os gastos militares dos Estados Unidos foram de mais de um terço dos gastos militares de todo o mundo. Os Estados Unidos gastam mais do que todos os oito países anteriores somados, somando inclusive Rússia e China, dois países com poderios militares impressionantes. 

Estudos com relação a fenômenos aéreos não identificados, vulgo “caças aos ovnis”, portanto, podem dizer se aquilo é apenas alguma nave ou tecnologia chinesa ou russa, que poderia ameaçar a segurança nacional americana.

Por exemplo, durante a Guerra Fria, um piloto russo chamado Viktor Belenko desertou para o Japão, em 1976, e pediu asilo aos Estados Unidos, pois havia ‘enjoado’ da União Soviética.

Com ele, levou o Mig-25, o caça soviético mais secreto e temido na época. Quando os Estados Unidos se empossaram do caça, perceberam que não era tão bom quanto pensava-se.

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Foto de um MIG-25 soviético no ar capturada pela Força Aérea dos EUA em 1982.

O caça era, entretanto, muito mais veloz do que os outros caças existentes na época, que havia sido identificado por um radar Israelense. Antes de descobrirem que era de fato um Mig-25, a detecção tornou-se um ovni. A preocupação do EUA não eram aliens, mas a superioridade aérea de um país inimigo.

Aeronaves inimigas, inclusive, são um dos pontos levantados pelo senador americano Marco Rubio, segundo o New York Times. “Talvez exista uma explicação que seja completamente ou meio chata. Mas precisamos descobrir”.

O jornal ainda cita outros programas de “caça aos ovnis”, chamado de Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais, que teoricamente havia deixado de receber financiamento em 2012, mas em 2017 o jornal conseguiu informações internas de que ele ainda funcionava.

Com informações de Live Science e The New York Times.

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