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Cultura

A ética aristotélica como alcance da felicidade

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Wesley Sousa é graduando em Filosofia pela UFSJ.

Introdução

Aristóteles nasceu em Estagira, uma cidade-colônia grega da Macedônia, em 384 a.c e, por durante cerca de vinte anos, foi discípulo de Platão (427 – 347 a.c) na Academia. Aristóteles foi um dos grandes e mais influentes pensadores da humanidade, seus estudos, sobretudo, pairavam sobre diversas áreas do conhecimento, como botânica, astronomia e política. Certamente, foi o mais proeminente discípulo de Platão. Além disso, foi tutor do rei Alexandre, o “Grande”, da Macedônia.

Segundo Warburton (2014, p, 12), “Uma das questões que ocupou a reflexão de Aristóteles foi: “Como devemos viver?”. Sócrates e de Platão já haviam feito essa pergunta.”. Estava Aristóteles, portanto, tentado buscar respostas para o alcance de uma boa vida, uma vida feliz. Assim, para o filósofo grego, a eudaimonia (felicidade) é o fim último de um homem (ser humano) com base à sua ética por meio de seus hábitos cotidianos.

Em sua obra Ética a Nicômaco, o filósofo se põe ao exame da moral enquanto doutrina do caráter, de modo indireto ou subordinado à felicidade, pois “É por esse motivo que se a felicidade deve ser adquirida pela aprendizagem, pelo hábito ou por alguma outra espécie de exercício” (ARISTÓTELES, 2015, p. 22). Segundo ele, “A felicidade, portanto, uma vez tendo considerada alguma coisa final [completa] e autossuficiente, é a finalidade visada por todas as ações.” (ARISTÓTELES, 2009, p. 49).

Nas seções que se seguem abaixo iremos discutir a questão da felicidade na abordagem ética aristotélica. Na vasta obra de Aristóteles, percebemos da mesma maneira que é inconcebível pensar ética e política de maneira dissociada, também é impossível pensar a ética desligada da felicidade. Eis que lembramos a famosa sentença dele em sua Política: “É evidente, pois, que a cidade faz parte das coisas da natureza, que o homem é naturalmente um animal político, destinado a viver em sociedade […]” (ARISTÓTELES, 2009, p. 16).

A felicidade como um fim humano

Aristóteles concebia que as ações humanas conforme as virtudes nos levam à felicidade. Argumentava ele que quanto mais o homem exercitava a virtude, mais virtuoso seria. Um homem virtuoso e bom consegue aliar força e inteligência; utiliza bem sua riqueza para melhorar seu intelecto. A ética é, portanto, um exercício prático de conhecimento nas ações e escolhas. Consequentemente, a ação ética, de acordo com ele, necessariamente passa pelo equilíbrio, evitando tanto o excesso quanto a falta.

No Livro X de sua Ética a Nicômaco, o filósofo afirma:

“[…] a felicidade não é uma certa disposição de caráter, porque se o fosse poderia ser possuída por um indivíduo que passasse a totalidade se sua vida adormecido, vivendo a vida de um vegetal, ou por alguém que estivesse mergulhado no mais profundos infortúnios” (ARISTÓTLES, 2009, p. 304).

Parágrafos posteriores, Aristóteles nos diz bem que “As atividades desejáveis em si mesmas são aquelas que visam a nenhum resultado além do mero exercício da própria” (ibidem). A felicidade tem, em si, na visão aristotélica, alguns componentes, dentre eles o entretenimento (divertido). A partir daí que ele chega “A conclusão é que a felicidade não se encontra nos entretenimentos” (ARISTÓTELES, 2009, p. 305). Portanto, “Fazer do entretenimento o objeto de nossas buscas sérias e do nosso esforço se afigura tolo e sumamente pueril” (Ibidem).

Como dissemos, para a busca da felicidade (uma vida boa e feliz), Aristóteles sustenta que o objetivo dos homens é alcançá-la através da virtuosidade humana e moderação. Assim ele diz:

“Mas se a felicidade consiste na atividade de acordo com a virtude, é razoável que seja atividade de acordo com a virtude maior, e esta será a virtude da maior parte de nós. […] é a atividade de parte de nós em harmonia com a virtude que lhe é própria consistirá a perfeita felicidade […]” (ARISTÓTELES, 2009, p. 306).

Ratificando esta perspectiva, Nadir Pichler (2004, p. 50) escreve que “são as ações dos homens conforme as virtudes que levam à felicidade, não as ações contrárias à prática virtuosa”. A felicidade está, prossegue, conectada nas atividades práticas da razão. “A virtude da prudência consiste em sabe discernir, deliberar e calcular bem as ações do homem, isto é, ‘escolher os meios necessários para alcançar um fim bom’”. (PICHLER, 2004, p. 97).

Na obra Ética a Nicômaco, o pensador grego argumenta uma questão interessante: para ele as crianças não estão aptas a serem felizes, pois não têm idade o suficiente para a capacidade de atos nobres. Neste sentido, afirma:

“Quando nos referimos às crianças como sendo felizes, trata-se de um cumprimento pelas expectativas que alimentamos em relação a elas para o futuro. A felicidade, como afirmamos, requer tanto virtude completa quanto a vida completa” (ARISTÓTELES, 2009, p. 56).

Outro ponto importante expor aqui é que o autor não dissocia, a rigor, a felicidade como alcance do Sumo Bem até mesmo na ação política. Para isso, diz que “ninguém deseja estar na guerra por estar na guerra, nem toma medidas deliberadamente para causar uma guerra” (ARISTÓTELES, 2009, p. 308).

Isso significa que, em Aristóteles, ética e política são duas partes distintas de um mesmo corpo investigativo; em ambas há – diferentes de outras ciências do ponto de vista aristotélico – um fim prático, na promoção e manutenção da felicidade humana. A ação em conformidade do fim particular de cada um às finalidades delimitadas pela comunidade política da qual pertence. E ele complementa:

“Mas a atividade do político também é privada de ócio e visa assegurar algo que transcende a mera participação na política, ou seja, poder e honras, ou, aconteça o que acontecer, felicidade para ele e seus concidadãos […]” (ibidem).

O caráter da ética no alcance felicidade

A ética aristotélica, podemos dizer com segurança, também é uma ética da virtude. Contudo, o caráter do homem não é inato ou determinações da natureza puramente, bem como não é um destino próprio dele mesmo ou de sua condição social.

Mas, nesta concepção, um processo contínuo da ação, da racionalização de suas paixões e desejos, para sua vida plena na pólis (cidade). Podemos assegurar que pelo exaustivo trabalho intelectual da investigação do autor, o alcance da verdadeira felicidade e dos prazeres púnicos e perenes é um objeto primordial da Ética a Nicomâco para suas investigações.

Segundo Pichler, “a virtude moral não é natural e nem tão natural, mas a natureza dá ao homem uma potencialidade para adquiri-la” (2004, p.62). Isso porque, prossegue o comentador, “a natureza da virtude moral como disposição ou hábito […] faz-se necessário examinar qual a justa proporção dela” (2004, p. 63).

A seguir, Aristóteles, fala de duas formações de virtude:

“Algumas formas de virtudes são chamadas de virtudes intelectuais e outras de virtudes morais. A sabedoria e o entendimento e a prudência são virtudes morais. Ao descrevermos o caráter moral de alguém, não dizemos que se trata de alguém sábio ou capaz de entendimento, mas que é uma pessoa moderada ou sóbria. Mas um homem sábio também é louvado por sua disposição e chamamos de virtudes as disposições dignas de louvor. (ARISTÓTELES, 2009, p. 65).

No Livro X, nos primeiros parágrafos da Ética a Nicômaco, o filósofo salienta que para as ações virtuosas, ou seja, ações nobres, éticas; mas antes disso ele sustenta que “em síntese, nossas disposições morais são formadas como produto das atividades correspondentes” (ARISTÓTELES, 2009, p. 68).

A virtude, como meio do alcance da felicidade, nas boas ações, condutas e vicissitudes, segundo o pensador grego “é, então, uma disposição estabelecida que leva à escolha de ações e paixões e que consiste essencialmente na observância da mediania relativa a nós” (ARISTÓTELES, 2009, p. 77).

Assim, consequentemente, no Livro X, ele reforça que “discutir o prazer, pois se pensa ser ele aquilo que está mais estritamente vinculado à nossa natureza humana” (ARISTÓTELES, 2009, p. 291). Portanto, como sintetiza o próprio Pichler, “A felicidade é uma atividade desejável em si mesma, autossuficiente, nobilitante, finalidade última da natureza humana” (PICHLER, 2004, p. 104).

E, nesse sentido, Aristóteles argumenta que a especulação, isto é, “a felicidade perfeita é alguma forma de atividade especulativa” (ARISTÓTELES, 2009, p. 310). Chegando, no findar das contas, “A conclusão é que a felicidade é alguma forma de especulação” (ARISTÓTELES, 2009, p. 311).

A ética, para o filósofo de Estagira, é uma força dinâmica, cuja ela é capaz de despertar a virtuosidade no que o homem tem mais de essencial em sua vida: a busca pela verdadeira felicidade. Portanto, a ética está no agir, em outras palavras, na ação prática para este fim.

Considerações finais

Vimos que a abordagem ética em Aristóteles como alcance da felicidade está correlacionada à atividade do homem enquanto tal. Na sua prática cotidiana, nós temos uma teleologia, por assim dizer, do Sumo Bem, em outras palavras, a finalidade do alcance da felicidade por vias éticas em sua conduta virtuosa – ou seja, a virtuosidade de ser para suas atividades práticas.

Sucintamente, assim o autor comenta:

“Dessa forma, se entre as ações virtuosas as ações militares ou política se distinguem pela nobreza e pela grandeza, e estas não se relacionem com o lazer, visam uma finalidade, e não são desejáveis por si mesmas, enquanto atividade racional, que é contemplativa, parece ser superior e mais valiosa por sua seriedade, além de não visar a nenhum outro fim que não ela mesma, e ter em si o seu prazer próprio […], e a autossuficiência, o lazer, a ausência de fadiga […], e todos os demais atributos das pessoas sumamente felizes são evidentemente, os que relacionam com essa atividade – seguem, então, que essa (atividade racional) será a felicidade completa do homem, desde que tal atividade lhe seja agregada por toda existência, pois nenhum dos atributos da felicidade por ser incompleto.” (ARISTÓTELES, 2015, p. 221).

Em conclusão, o autor fornece estudos que, para as ações concretas, o homem deve não apenas agir por agir, mas agir bem: o agir conforme as disposições finalísticas de suas capacidades na busca – aqui a felicidade – conforme uma ética atrelada às virtudes humanas. A felicidade, portanto, se almeja através do princípio da racionalidade na vida cotidiana.

Assim, como apenas uma andorinha apenas não faz verão[1] (parafraseando o próprio), um homem não consegue atingir, por si, suas potencialidades de forma meramente isolada, porque, segundo Aristóteles dizia, o isolamento é típico de um animal selvagem ou dos deuses, como afirma em sua Política². Portanto, o homem para viver bem e feliz, precisa estar em comunhão com sua comunidade – em termos mais modernos, a sociedade.

Referencias bibliográficas:

 

ARISTÓTELES. A Política. Tradução Nestor Silveira Chaves. Editora Edipro. Bauru – SP, 2009. (Clássicos Edipro)

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução, textos adicionais e notas, Edson Bini. Editora Edipro. Bauru – SP; 3° edição, 2009.

ARISTÓTELES. Ética a Nicomaco. Tradução Torrieri Guimaraes. Editora Martin Claret. São Paulo – SP. 6° edição, 2015.

NIGEL, Warburton. Uma breve história da filosofia. Tradução de Rogério Bettoni. Porto Alegre. Ed. L&PM, 2014.

PICHLER, Nadir Antônio. A felicidade na ética de Aristóteles. UPF, Passo Fundo – RS, 2004.

¹ Metáfora que Aristóteles escreve em sua Ética a Nicômaco, pois, para ele, assim como uma andorinha não representa o verão,  pequenos prazeres não significa a felicidade por inteira.

² Livro I da Política

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Literatura

Após 31 anos, a caça ao tesouro mais longa da história chega ao fim

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A longa e intrigante busca pela famosa Coruja Dourada, que se estendeu por impressionantes 31 anos, 5 meses e 9 dias finalmente chegou ao seu desfecho. A notícia foi divulgada através da conta oficial da competição nas redes sociais, onde foi anunciado que o token, objeto essencial para que o prêmio pudesse ser reivindicado, havia sido encontrado.

Esse token foi a chave para encerrar essa jornada histórica, que envolveu participantes de diferentes partes do mundo em uma das caçadas ao tesouro mais prolongadas e misteriosos já realizadas. Desse modo, após décadas de expectativas e esforços, o prêmio pode finalmente ser reclamado, encerrando um capítulo marcante na história de desafios e mistérios.

História começou em 1993

Em 1993, o autor francês Régis Hauser deu início a um dos mistérios mais duradouros da história ao enterrar uma estatueta de coruja em algum lugar da França como parte de uma campanha promocional para seu livro, On The Trail of the Golden Owl, publicado sob o pseudônimo de Max Valentin.

No entanto, a solução demorou muito mais do que o esperado. Recentemente, Michel Becker, o pintor e cocriador do jogo, anunciou no Discord dedicado à caça ao tesouro que alguém finalmente encontrou uma estatueta. Apesar desta revelação, a identidade da pessoa que descobriu o mistério e encontrou a coruja ainda permanece um mistério.

Batalha legal

Hauser era a única pessoa que tinha o conhecimento exato sobre o local onde a coruja estava enterrada. Após sua morte, esse segredo não foi revelado, o que gerou uma disputa judicial entre seus herdeiros e Michel Becker, cocriador do jogo.

O impasse legal trouxe incertezas, mas, segundo o que foi relatado pela EuroNews, Becker acabou aceitando as respostas dos enigmas no início dos anos 2020. Com essas informações em mãos, ele decidiu reviver a caça ao tesouro, criando até mesmo um servidor no Discord para reunir simpatizantes e fomentar discussões sobre o enigma, trazendo de volta o entusiasmo pela busca.

A coruja, que é o grande prêmio da caça ao tesouro, pesa aproximadamente 10 quilos e é uma peça impressionante, feita de prata e ouro. Além disso, ela possui diamantes na cabeça, o que aumenta ainda mais seu valor estimado em cerca de 150.000 euros (equivalente a aproximadamente 917.175,00 reais).

No entanto, a estatueta que foi enterrada como parte da caça ao tesouro é uma réplica de bronze. Quem tiver a sorte de encontrar essa réplica agora tem a oportunidade de trocá-la pela coruja original, que está sob a guarda de Becker, aguardando o vencedor para ser entregue.

Quebra-cabeças

Na envolvente caça ao tesouro criada por Hauser, os participantes enfrentaram o desafio de solucionar 11 quebra-cabeças, cada um descrito em detalhes no livro, além de um enigma final, o 12º, que era oculto e fornecia a pista crucial: a ficha que revelou a localização do prêmio final.

Pouco antes de sua morte, em 1996, Hauser enfatizou que os quebra-cabeças não eram tão complexos quanto à primeira vista, já que os participantes adotavam uma abordagem colaborativa.

Segundo ele, se todos que estavam tentando resolver o mistério combinassem seus conhecimentos e habilidades, a Coruja Dourada seria encontrada rapidamente. “Se todos os pesquisadores juntassem seu conhecimento, a coruja seria descoberta em duas horas”, disse Hauser, conforme relatado pela BBC.

A caça ao tesouro mais longa e solucionada já registrada antes dessa foi a “Quest: A Zetetic Treasure Hunt”, realizada no Reino Unido, que durou impressionantes 13 anos e sete meses, entre 1992 e 2006, segundo informações da EuroNews.

Contudo, apesar do tempo especializado e dos esforços contínuos dos participantes da busca pela Coruja Dourada, muitos deles não pretendem chegar ao final desejado. Mas para esses caçadores, pode haver uma espécie de consolo, já que, finalmente, algumas respostas aos complexos quebra-cabeças que os deixaram perplexos por tantos anos devem ser divulgadas em breve.

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Literatura

13 das maiores escritoras brasileiras que você precisa conhecer

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A literatura brasileira foi enriquecida por notáveis vozes femininas ao longo de sua história. Desde o período colonial até os dias atuais, escritoras de talento singular deixaram suas marcas indeléveis em nossa cultura letrada.

Nomes como Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles e Rachel de Queiroz são frequentemente lembrados por leitores e críticos como expoentes da prosa e poesia nacional. Suas obras, de profunda introspecção psicológica e aguda observação social, permanecem objetos de estudo e admiração.

No campo da poesia, destacam-se figuras como Cecília Meireles, com sua lírica etérea e filosófica, e Cora Coralina, cuja obra tardia revelou uma voz única e poderosa.

A literatura contemporânea também conta com notáveis representantes femininas, que continuam a expandir os horizontes da escrita nacional com perspectivas inovadoras e temas prementes de nosso tempo.

Uma lista definitiva das “maiores escritoras brasileiras” seria inevitavelmente subjetiva e incompleta. No entanto, é inegável a contribuição fundamental das autoras presentes nesta lista para o rico panorama das letras brasileiras.

1. Clarice Lispector

Clarice Lispector, nascida Chaya Pinkhasivna Lispector, é uma das escritoras mais importantes da literatura brasileira. Nascida na Ucrânia em 1920, imigrou para o Brasil com apenas dois anos de idade. Desde então, desenvolveu uma carreira notável e influente nas letras brasileiras.

Seus romances, contos e crônicas exploram temas profundos e introspectivos. Obras como Perto do Coração Selvagem (1943), O Lustre (1946) e A Paixão Segundo G.H. (1964) são exemplos de seu estilo único e inovador. Ela também escreveu literatura infantil, enriquecendo ainda mais seu legado literário.

Clarice estudou Direito e trabalhou como jornalista, o que a fez viajar para diversos países. Apesar de sua formação, foi através das palavras que mais se destacou. Clarice é celebrada por sua habilidade extraordinária de explorar a psique humana com uma prosa poética e sensível.

Sua importância na literatura brasileira não pode ser subestimada. Ela trouxe um novo olhar para a escrita, sendo frequentemente comparada a grandes nomes da literatura mundial. Sua naturalização brasileira foi um presente para o país, e seu trabalho continua a ser estudado e admirado até hoje, mesmo depois de sua morte, em 1977.

2. Cecília Meireles

Cecília Meireles, nascida em 1901 no Rio de Janeiro, foi uma das mais notáveis poetas do Brasil. Sua obra poética é caracterizada por um estilo íntimo e musical, que não se filia a nenhum movimento literário específico. Ela explorou temas sociais e psicológicos com profundidade e sensibilidade.

Meireles também se destacou como ensaísta, cronista e folclorista. Além disso, ela atuou como educadora e tradutora, sempre promovendo a literatura e a cultura brasileira. Sua dedicação à educação é evidente em sua carreira como professora.

Entre seus trabalhos mais conhecidos, o livro “Romanceiro da Inconfidência” se sobressai, combinando história e poesia de forma magistral. Sua habilidade para tratar de questões complexas com uma linguagem acessível e poética a tornou uma autora querida e admirada.

Cecília Meireles faleceu em 1964, mas seu legado continua vivo. Sua obra influenciou e continua a influenciar muitas gerações de leitores e escritores.

3. Lygia Fagundes Telles

Lygia Fagundes Telles nasceu em 19 de abril de 1923, em São Paulo, e faleceu em 3 de abril de 2022. Ela é uma das mais importantes escritoras brasileiras. Sua carreira literária começou cedo, com a publicação de seu primeiro livro de contos.

Ela foi uma figura destacada no movimento Pós-Modernista no Brasil. Além disso, era membro da Academia Paulista de Letras e da Academia Brasileira de Letras.

Entre suas obras mais conhecidas, estão “As Meninas” e “A Noite Escura e Mais Eu”. Essas obras receberam grande reconhecimento e prêmios. Lygia ganhou quatro prêmios Jabuti, o mais prestigiado prêmio literário brasileiro.

Em 2005, recebeu o “Prêmio Camões”, considerado o mais importante da literatura em língua portuguesa. Sua habilidade em explorar temas humanos complexos a tornava uma autora singular.

4. Rachel de Queiroz

Rachel de Queiroz foi uma das figuras mais proeminentes da literatura brasileira do século XX. Nascida em Fortaleza em 1910, ela despontou como uma das principais vozes do Modernismo de 1930. Sua obra abrange romances, crônicas e peças de teatro, sempre com um olhar crítico e sensível sobre a sociedade.

Em 1930, publicou seu primeiro romance, “O Quinze”, que aborda a seca no Nordeste brasileiro e ganhou o prêmio da Fundação Graça Aranha. Este livro é até hoje uma referência em literatura regionalista e marcou sua entrada definitiva no cenário literário.

Rachel foi a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras em 1977 e a primeira a receber o Prêmio Camões em 1993.

Como jornalista e tradutora, Rachel contribuiu para o enriquecimento cultural do Brasil. Seu trabalho permanece influente, mesmo depois de sua morte em 2003, refletindo as dificuldades e as resistências do povo nordestino.

5. Hilda Hilst

Nascida em 1930 na cidade de Jaú, interior de São Paulo, Hilda Hilst é uma das escritoras mais importantes da literatura brasileira do século XX. Com uma carreira que abrange poesia, teatro e prosa, sua obra é marcada por uma linguagem única e provocativa.

Hilst explorou temas profundos e controversos, como a existência humana, a sexualidade e a morte. Sua capacidade de provocar e questionar cativou muitos leitores e críticos.

Entre suas obras mais conhecidas estão “Da Poesia”, “Tu não te moves de ti” e “A Obscena Senhora D”. Cada uma dessas obras revela a complexidade de sua visão de mundo e seu domínio estilístico.

A escritora conquistou uma base de leitores fiéis e vem sendo redescoberta recentemente.

Hilst também é lembrada por sua personalidade forte e vida reclusa. Ela passou os últimos anos de sua vida no interior de São Paulo, na Casa do Sol, cercada por livros e natureza, onde faleceu em 2004.

6. Maria Firmina dos Reis

Maria Firmina dos Reis nasceu em São Luís, Maranhão, em 11 de março de 1822. Ela é reconhecida como a primeira romancista negra do Brasil. Além de escritora, foi professora e musicista. Ela também criou a primeira escola mista do Brasil, algo inovador para a época.

Em 1859, Maria Firmina dos Reis publicou “Úrsula”, o primeiro romance abolicionista do Brasil. O livro abordou os horrores da escravidão, denunciando os maus-tratos sofridos pelos negros. Sua literatura é uma voz de denúncia e indignação contra a opressão.

A importância de Maria Firmina dos Reis vai além da literatura. Ela foi uma pioneira na educação, dedicando-se ao ensino e promovendo a inclusão. Seu trabalho como educadora refletiu seus ideais progressistas e humanistas.

Firmina faleceu em Guimarães, Maranhão, em 11 de novembro de 1917. Suas obras e legado continuam a ser estudados e valorizados.

7. Carolina Maria de Jesus

Carolina Maria de Jesus nasceu em 1914, em Sacramento, Minas Gerais. Mulher negra e semianalfabeta, ela desafiou as dificuldades impostas pela sociedade.

Foi catadora de papelão, trabalho que sustentava sua família. Vivia na favela do Canindé, em São Paulo, onde começou a escrever seus diários.

Em 1960, lançou seu primeiro livro, “Quarto de Despejo”, que se tornou um sucesso imediato. O livro retrata a realidade cruel da favela, com uma linguagem direta e emotiva.

Carolina usava a literatura como uma forma de expressar suas experiências e angústias. Seus escritos trazem um olhar crítico sobre questões sociais e raciais no Brasil.

Apesar das dificuldades, ela se destacou como uma das primeiras e mais importantes escritoras negras do país.

Carolina faleceu em 1977, mas seu legado literário permanece vivo.

8. Adélia Prado

Adélia Luzia Prado de Freitas nasceu em 13 de dezembro de 1935, em Divinópolis, Minas Gerais. Poeta, professora, filósofa, romancista e contista, ela é uma figura central no Modernismo brasileiro. Sua escrita é marcada por uma combinação de linguagem coloquial e profunda crítica social.

Autora de diversos livros de poesia, Adélia Prado é conhecida por transformar o dia a dia em arte. Em seus versos, ela celebra o cotidiano feminino, ressignificando e ampliando a percepção dos pequenos momentos.

Seu livro “Bagagem”, publicado em 1976, é uma de suas obras mais notáveis. Nele, a autora explora temas como amor, espiritualidade e vida doméstica, tudo com uma sensibilidade única. Esta obra apresentou ao grande público a riqueza lírica e a profundidade da sua visão poética.

Em 2024, Adélia Prado recebeu o Prêmio Machado de Assis, promovido pela Academia Brasileira de Letras.

Muitas vezes descrita como uma romântica crítica, Adélia Prado também é conhecida por suas reflexões filosóficas. Sua capacidade de tornar o cotidiano universal, político e social é uma marca registrada de seu trabalho poético.

Através de sua poesia, Adélia tenta transmitir novos pontos de vista sobre o cotidano, muitas vezes ressignificando a vida comum. Sua obra continua a influenciar e encantar leitores de todas as idades.

9. Nélida Piñon

Nélida Piñon nasceu no Rio de Janeiro em 1934. Ela se tornou a primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras.

Seu romance de estreia, “Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo”, publicado em 1961, chamou a atenção de críticos e leitores. A partir daí, sua obra continuou a impressionar pela profundidade e originalidade.

Piñon escreveu sobre temas complexos e universais, criando personagens densos e tramas cativantes que desafiam o leitor. Obras como “A República dos Sonhos” demonstram seu talento único e sua habilidade de entrelaçar ficção e realidade de forma magistral.

A literatura de Nélida Piñon sempre teve um caráter reflexivo, levando os leitores a questionarem suas próprias vidas e sociedades. Sua influência se estende não apenas no Brasil, mas internacionalmente, sendo uma das autoras brasileiras mais traduzidas.

A paixão de Piñon pela narrativa começou cedo, como ela mesma descreve: “os livros, as páginas que eu lia… me traziam uma emoção extraordinária”.

10. Ana Maria Machado

Ana Maria Machado, nascida em 1941, é carioca publicou mais de 120 livros, abrangendo tanto a literatura infantil quanto a adulta.

Ela começou sua carreira como pintora, jornalista e professora universitária antes de se dedicar à escrita. Sua obra é amplamente reconhecida, tanto no Brasil quanto no exterior, com mais de 20 milhões de exemplares vendidos.

Além de ser uma escritora prolífica, Ana Maria Machado foi a primeira autora de livros infantis a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Presidiu a instituição entre 2011 e 2013, consolidando ainda mais sua influência no mundo literário brasileiro.

Entre suas obras mais conhecidas estão “Bisa Bia, Bisa Bel” e “Do Outro Lado da Rua”. Cada livro de Ana Maria Machado explora temas como amizade, amor e descoberta, encantando leitores de todas as idades.

Seu trabalho não é apenas popular, mas também premiado. Ela recebeu diversos prêmios ao longo de sua carreira, entre eles, três Jabutis e um Machado de Assis da ABL.

11. Helena Morley

Helena Morley, pseudônimo de Alice Dayrell Caldeira Brant, nasceu em Diamantina, Minas Gerais, em 28 de agosto de 1880. Foi uma escritora notável pela sinceridade e vividez de suas descrições.

Seu diário, publicado em 1942 sob o título “Minha Vida de Menina”, retrata a sociedade mineira do final do século XIX. O livro cobre os anos de 1893 a 1895, mostrando a vida cotidiana em Diamantina.

A obra de Helena Morley é singular por seu tom espontâneo e observação apurada. Suas anotações revelam uma jovem curiosa e crítica, oferecendo um panorama autêntico da vida interiorana no Brasil.

A publicação do diário foi um marco na literatura brasileira, sendo saudada por críticos e leitores. O livro não apenas documenta a juventude de uma menina, mas também preserva a história cultural e social do período.

Helena Morley faleceu em 20 de junho de 1970, no Rio de Janeiro, deixando um legado literário valioso. Seu único livro continua a ser uma leitura essencial para quem deseja entender a história e a sociedade do Brasil do século XIX.

12. Cora Coralina

Cora Coralina, pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nasceu em 20 de agosto de 1889 na Cidade de Goiás. Ela foi uma poetisa e contista brasileira, que começou a publicar suas obras somente após os 70 anos de idade. Antes disso, viveu uma vida simples como doceira no interior.

Seus poemas refletem o cotidiano e a cultura goiana, com uma simplicidade que tocou muitas pessoas. Ela descreveu como ninguém os “becos de Goiás” e a vida do povo goiano. Esse aspecto é tão significativo que Goiás se tornou Patrimônio Cultural Mundial em dezembro de 2001 pela UNESCO.

Sua obra inclui livros como “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais” e “Meu Livro de Cordel”. Ela ganhou vários prêmios ao longo de sua carreira, incluindo o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Goiás e o Troféu Juca Pato em 1984, sendo a primeira escritora a recebê-lo.

Cora Coralina foi admitida na Academia Goiânia de Letras, onde ocupou a cadeira número 38. Em frente à sua residência na Cidade de Goiás, existe uma estátua em sua homenagem. Ela faleceu em 10 de abril de 1985.

13. Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu em Asmara, na Eritreia, em 26 de setembro de 1937. É uma das mais reconhecidas escritoras ítalo-brasileiras. Sua obra é vasta, abrangendo contos, poesias, crônicas, ensaios e literatura infantil.

Ela chegou ao Brasil em 1948, aos 11 anos, e desde então contribui significativamente para a literatura brasileira. Suas obras são marcadas por uma forte ligação com aspectos humanos e sociais.

Publicou mais de 70 livros, que encantam crianças e adultos. Alguns de seus títulos mais famosos incluem “Quando a Primavera Chegar” e “Uma Ideia Toda Azul”.

Marina é ganhadora de diversos prêmios literários. Entre eles, destaca-se o Prêmio Jabuti, o Machado de Assis da ABL e o Prêmio Portugal Telecom de Literatura. Além disso, recebeu o Prêmio da Biblioteca Nacional para Poesia.

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Literatura

11 livros que todo amante de ciência precisa ler

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A ciência desperta curiosidade e fascínio. Ela nos ajuda a compreender o mundo e nosso papel nele. Livros sobre ciência são uma porta de entrada para esse conhecimento.

Ler obras científicas pode ampliar horizontes e inspirar novas formas de pensar. Para os entusiastas, há uma vasta gama de livros que merece atenção. Aqui está uma lista com 11 obras para quem é apaixonado por ciência e quer começar a explorar esse universo. Esta seleção inclui apenas livros disponíveis em português.

1. “Uma Breve História do Tempo” – Stephen Hawking

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Stephen Hawking, uma das mentes mais brilhantes do século XX, presenteou o mundo com Uma Breve História do Tempo. Esta obra magistral mergulha nas profundezas do cosmos, desvendando os mistérios que há muito intrigam a humanidade.

O livro aborda questões fundamentais sobre o universo. Hawking explora a origem cósmica, a natureza do tempo e a possibilidade de dimensões além das que conhecemos. Ele o faz com uma clareza surpreendente, tornando conceitos complexos acessíveis ao leitor comum.

A genialidade de Hawking brilha em cada página. Ele guia o leitor por um labirinto de dúvidas existenciais, desde a infinitude do universo até o destino final de tudo o que existe.

O autor não se contenta em apenas expor teorias. Ele as entrelaça com a história da ciência, revelando como o pensamento humano evoluiu ao longo dos séculos. Esta abordagem enriquece a narrativa, conectando o passado ao presente.

2. “O Gene: Uma História Íntima” – Siddhartha Mukherjee

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Siddhartha Mukherjee, laureado com o Prêmio Pulitzer, apresenta uma obra magistral que entrelaça ciência, história e relatos pessoais. O autor desvenda a narrativa fascinante do gene, elemento fundamental da vida.

Mukherjee explora a jornada da genética desde Mendel até os dias atuais. Ele examina como o conhecimento genético moldou a sociedade e a medicina moderna.

A obra transcende a mera exposição científica. Ela provoca reflexões profundas sobre ética, identidade e o futuro da humanidade. Mukherjee questiona os limites da manipulação genética e suas implicações.

3. “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade” – Yuval Noah Harari

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Yuval Noah Harari presenteia-nos com uma obra-prima sobre a trajetória humana. O autor desvenda os mistérios que permitiram ao Homo sapiens dominar o planeta.

Com maestria, Harari explora as revoluções que moldaram nossa espécie. Ele examina a revolução cognitiva, que nos dotou de linguagem e imaginação únicas.

A revolução agrícola é outro ponto crucial abordado. O autor discute como a transição de caçadores-coletores para agricultores transformou nossa dieta e organização social.

Harari não se furta a questões polêmicas. Ele analisa o impacto do imperialismo, da religião e da ciência na formação de nossa sociedade.

O livro destaca a notável capacidade dos sapiens de cooperarem em larga escala. Esta habilidade, segundo o autor, foi crucial para nosso sucesso evolutivo.

4. “Cosmos” – Carl Sagan

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Cosmos é uma obra-prima da divulgação científica. Carl Sagan, com sua prosa eloquente, guia o leitor através de 14 bilhões de anos de evolução cósmica.

O livro aborda temas fascinantes como a origem da vida e o funcionamento do cérebro humano. Sagan explora também os hieróglifos egípcios e as missões espaciais, conectando o passado ao futuro da humanidade.

A morte do Sol e a evolução das galáxias são tópicos que Sagan examina com maestria. Ele ilumina a escuridão da ignorância, revelando as ideias revolucionárias de povos antigos sobre o universo.

O autor não se limita apenas aos fatos científicos. Ele homenageia as mentes brilhantes que moldaram a ciência moderna, tecendo uma narrativa que une a história humana ao cosmos.

5. “A Origem das Espécies” – Charles Darwin

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A Origem das Espécies é uma obra revolucionária que redefiniu a ciência moderna. Publicada em 1859, ela apresenta a teoria da evolução de Charles Darwin.

O livro expõe como as espécies se modificam ao longo do tempo por meio da seleção natural. Darwin desafia as crenças predominantes sobre a criação divina das espécies.

A obra causou impacto no mundo ocidental quando foi lançada. Suas ideias inovadoras sobre os processos evolutivos chocaram muitos leitores da época.

Darwin baseia suas conclusões em observações meticulosas da natureza. Ele apresenta evidências de fósseis, distribuição geográfica e anatomia comparada para sustentar sua teoria.

O texto é considerado um dos tratados biológicos mais desafiadores já escritos. Sua influência se estende muito além da biologia, afetando campos como psicologia, filosofia e religião.

A leitura de A Origem das Espécies é essencial para compreender a base da biologia evolutiva moderna. O livro continua relevante e debatido até hoje, mais de 160 anos após sua publicação.

6. “O Gene Egoísta” – Richard Dawkins

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O Gene Egoísta é uma obra revolucionária que sacudiu o mundo científico em 1976. Richard Dawkins apresenta uma visão inovadora sobre a evolução, colocando o gene no centro do processo.

Neste livro pioneiro, Dawkins argumenta que a seleção natural age principalmente no nível do gene, não do organismo ou da espécie. Ele propõe que os genes são as unidades fundamentais da evolução.

A teoria do gene egoísta sugere que nossos corpos são meros veículos para a propagação de genes. Estes, por sua vez, buscam sua própria sobrevivência e replicação.

Dawkins explica de forma acessível conceitos complexos da biologia evolutiva. Ele usa analogias e exemplos do reino animal para ilustrar suas ideias.

O livro aborda temas como altruísmo, cooperação e comportamento animal sob uma nova perspectiva. Dawkins desafia noções estabelecidas e oferece uma visão fascinante do mundo natural.

7. “O Teorema do Papagaio” – Denis Guedj

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Denis Guedj, professor de matemática na Universidade Paris VIII, cria uma obra singular de ficção que mescla suspense e conhecimento científico. O Teorema do Papagaio é um romance policial que desvenda os mistérios da matemática.

A narrativa se desenrola em Paris, onde o jovem Max resgata um papagaio das garras de gângsteres. Simultaneamente, o Sr. Ruche, dono da livraria As Mil e Uma Folhas, recebe uma carta de um amigo há muito desaparecido.

Guedj habilmente entrelaça duas tramas paralelas, utilizando a história da matemática desde a Antiguidade até os dias atuais. O autor conduz o leitor por uma jornada intelectual, explorando teoremas e conceitos matemáticos de forma acessível e envolvente.

O livro não apenas entretém, mas também educa. Guedj consegue transmitir a importância da matemática de maneira lúdica, despertando o interesse do leitor pela ciência dos números.

8. “O Mundo Assombrado pelos Demônios” – Carl Sagan

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Nesta outra obra fundamental de Carl Sagan, ele fala sobre o pensamento crítico e o método científico. O Mundo Assombrado Pelos Demônios destaca-se como um farol de racionalidade em meio às trevas da pseudociência.

Sagan examina a proliferação de crenças infundadas e explicações místicas nos meios de comunicação. Ele argumenta em favor da ciência como instrumento de iluminação e espiritualidade, capaz de dissipar as sombras da ignorância.

O autor aborda temas diversos, desde alienígenas até teorias da conspiração, sempre com rigor analítico e clareza expositiva. Sagan demonstra como o pensamento científico pode ser aplicado no cotidiano.

A obra serve como um guia para discernir entre fatos e ficções, encorajando o leitor a questionar afirmações extraordinárias. A ciência é apresentada como uma vela no escuro, iluminando o caminho para um entendimento mais profundo do mundo.

9. “A Dança do Universo” – Marcelo Gleiser

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Marcelo Gleiser, físico brasileiro e divulgador científico de renome, apresenta uma obra fascinante que entrelaça ciência e filosofia. A Dança do Universo explora as questões fundamentais sobre a origem e a natureza do cosmos.

Com uma linguagem acessível, Gleiser conduz o leitor por uma jornada através das diferentes visões culturais sobre a criação do universo. Ele examina mitos antigos e os compara com as teorias científicas modernas.

O autor demonstra que a busca pelo conhecimento cósmico não é exclusiva da ciência. Ele revela as semelhanças surpreendentes entre as narrativas mitológicas e as explicações científicas atuais.

Gleiser aborda temas complexos como o Big Bang e a evolução do universo de forma clara e envolvente. Sua abordagem integrativa conecta o pensamento científico com as grandes questões existenciais da humanidade.

10. “Breve História de Quase Tudo” – Bill Bryson

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Bill Bryson, cronista renomado, deparou-se com uma indagação intrigante: por que os oceanos são salgados? Esta simples pergunta desencadeou uma jornada épica de conhecimento.

O autor percebeu que sabia pouco sobre o planeta em que vivia. Tal constatação o impeliu a uma missão grandiosa: compreender e explicar tudo o que sabemos sobre o mundo.

Em Breve História de Quase Tudo, Bryson realiza um feito notável. Ele condensa séculos de descobertas científicas em uma narrativa envolvente e acessível.

O livro abrange desde a origem do universo até os dias atuais. Bryson aborda temas complexos com humor e clareza, tornando-os compreensíveis ao leitor leigo.

A obra de Bryson é um inventário impressionante do conhecimento humano. Ele explora a física, a química, a geologia e diversas outras áreas científicas.

11. “O Físico” – Noah Gordon

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Finalizamos nossa lista com outra obra de ficção magistral. O Físico transcende as barreiras do tempo. Noah Gordon nos transporta para a Inglaterra medieval, onde conhecemos Rob J. Cole, um jovem determinado a se tornar médico.

A narrativa acompanha a jornada de Rob desde sua infância como órfão até sua formação como barbeiro-cirurgião. Insatisfeito com o conhecimento limitado da época, ele parte em uma perigosa viagem ao mundo árabe.

Gordon retrata com maestria o choque cultural entre o Ocidente cristão e o Oriente muçulmano. Rob se infiltra na escola médica de Avicena, arriscando sua vida para aprender os segredos da medicina avançada.

O romance é um testemunho da busca pelo conhecimento e da evolução da ciência médica. Gordon mescla fatos históricos com uma narrativa envolvente, criando uma obra que cativa tanto os amantes da história quanto os da medicina.

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