Este material metálico líquido nos faz lembrar o Exterminador do Futuro

Erik Behenck
A descoberta de um material metálico líquido pode transformar as viagens espaciais

Estudos recentes mostraram como um material metálico líquido pode ser deformado com o calor e depois voltar a sua forma original. Assim, pesquisadores criaram um método envolvendo a liga de Field, que une bismuto, índio e estanho, em uma concha feita de elastômeros parecidos com uma borracha. Assim, o metal líquido ganha algumas propriedades interessantes.

Por enquanto ainda não temos relatos de robôs constituídos de metal líquido, mas essa descoberta é bem parecida com o Exterminador do Futuro. Então, a combinação de metal líquido e treliça de elastômero pode ser deformada logo após o seu aquecimento, na sequência, é capaz de voltar a sua forma original.

Material metálico líquido
(Créditos da imagem: Pu Zhang)

Como age o material metálico líquido?

Os pesquisadores levaram mais de meio ano desenvolvendo esse processo de fabricação, aliás, o material de treliça é dificílimo de processar. Dessa forma, precisavam encontrar os melhores parâmetros para o processamento, impedindo que erros acontecessem.

“Sem o invólucro, ele não funcionará, porque o metal líquido fluirá. O esqueleto do invólucro controla a forma e a integridade gerais, para que o próprio metal líquido possa ser confinado nos canais”, disse o engenheiro mecânico Pu Zhang, da Binghamton University.

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Essa liga tem um ponto de fusão abaixo dos 62ºC, podendo ser usada de diferentes maneiras, até como um refrigerante nuclear. Enquanto isso, a casca foi produzida por meio de um processo híbrido de fabricação, envolvendo a impressão de um modelo 3D, vazamento a vácuo e revestimento.

A capacidade de recuperação do formato original é algo que pode ser muito importante no futuro. Dessa forma, passando a ser empregado na robótica ou em viagens espaciais, por exemplo.

Material metálico líquido
(Créditos da imagem: Pu Zhang)

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Nova descoberta pode ajudar nas viagens espaciais

Zhang lembra que as espaçonaves podem falhar se pousarem na Lua ou em Marte, devido a algum impacto. “Normalmente, os engenheiros usam alumínio ou aço para produzir as estruturas de amortecimento, mas depois que você pousa na Lua, o metal absorve a energia e se deforma. Acabou – você pode usá-lo apenas uma vez”, diz.

Mas, com o uso desse material metálico líquido, seria possível esquentar os restos destruídos das naves e devolver a sua forma original. Aliás, é possível fazer isso repetidamente, garante Zhang.

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A nova estrutura foi testada em vários protótipos, incluindo desenhos de letras, teias e esferas, entre outros. Assim, os fabricantes dizem que esse é o primeiro material do tipo no mundo e que poderia ser usado para formas que precisam ser compactadas e abertas novamente na sequência.

O projeto continua sendo desenvolvido, com o objetivo de melhorar ainda mais os resultados do material metálico líquido. Por fim, eles pensam em criar um robô utilizando essa tecnologia, lembrando do Exterminador do Futuro, principalmente relacionado ao segundo filme da franquia. Entretanto, Zhang garante nunca ter visto esse filme.

O estudo foi publicado no Additive Manufacturing, confira.

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