A empresa farmacêutica Merck desenvolveu um implante com um novo medicamento que poderia prevenir o HIV por até um ano.
A pesquisa foi descrita na terça–feira em uma conferência internacional sobre a AIDS na Cidade do México.
O novo dispositivo foi testado pela empresa em apenas 12 pacientes por 12 semanas. Mas os pesquisadores já estão muito empolgados com a nova tecnologia.
Novos métodos de prevenção do HIV são desesperadamente necessários. Cerca de 75 milhões de pessoas contraíram o vírus letal desde o início da epidemia de AIDS. Mesmo agora, cerca de 1,7 milhão de pessoas são infectadas a cada ano.
O dispositivo, trata-se de um fino bastão de plástico que pode ser implantado sob a pele para liberar pequenas doses do medicamento.
A droga usada nos novos implantes é o islatravir, que até a semana passada era conhecido como EFdA ou MK-8591. É o primeiro de uma nova classe de medicamentos chamados inibidores da translocação de transcriptase reversa de nucleosídeos, que bloqueiam o movimento da enzima responsável pela clonagem do DNA do vírus para que ele possa infectar novas células.
As vantagens de se utilizar esse medicamento é que ele é até 10 vezes mais potente que qualquer outro droga já utilizada para prevenir o HIV, até pequenas doses da droga podem ser eficazes, o remédio também pode passar até cinco dias na corrente sanguínea, podendo ser utilizado com menores frequências.
A suposição de que o implante poderia proteger contra o HIV por um ano foi obtida estimando-se a quantidade de droga que é considerada protetora e o quanto o implante pode suportar. Um teste no mundo real significa dar o implante a milhares de homens e mulheres sexualmente ativos ou usuários de drogas, e rastrear quantos são infectados.
O diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, Anthony S. Fauci, que não esteve envolvido na pesquisa, diz que é cautelosamente otimista.
“Se – e eu estou enfatizando se – se for em um teste maior que oferece um nível de droga que protege por um ano, isso mudaria o jogo”, disse eleao The New York Times.
FONTES / The New York Times / ScienceAlert