O Sol é muito fascinante, com suas erupções solares, suas manchas que surgem e se vão, seu brilho, que varia com seu ciclo sem fim. É realmente algo muito legal de se ver. Por isso a NASA fez um timelapse de dez anos de atividade solar.
Solar Dynamics Observatory (SDO) é um observatório espacial da NASA lançado em 2010 para estudar o Sol de uma maneira mais aprofundada, com diversos instrumentos de última geração.
Dentre eles, destaca-se dois: o Extreme Ultraviolet Variability Experiment, equipado com equipamentos e sensores para inferir a liberação de raios ultravioleta, uma luz já fora do espectro visível.
O segundo é o Helioseismic and Magnetic Imager, que estudou algumas atividades e características internas do Sol e alguns detalhes das atividades magnéticas que ocorrem em sua superfície.
Durante esses dez anos, a sonda capturou uma foto a cada 0,75 segundo com três instrumentos diferentes e outra foto a cada 12 segundos com Atmospheric Imaging Assembly (AIA), que captura 10 comprimentos de ondas diferentes.
![Ciclo solar](https://socientifica.com.br/wp-content/uploads/2020/06/extra_large-1593438478-cover-image.jpg)
Todas essas 425 milhões de imagens em alta resolução de nossa estrela foram um pouco pesadas, é claro. No total, o acúmulo foi de 20 milhões de gigabytes de dados.
Foi um dos equipamentos que estudou mais detalhadamente o Sol da história, trazendo muitos novos conhecimentos sobre a estrela, que está ao nosso lado e ainda assim apresenta muitas incógnitas.
Com todas essas imagens, a NASA criou um timelapse desses dez anos de atividade solar. Esse tempo, inclusive, coincide com um ciclo conhecido como ciclo solar, onde é possível observar as transições.
O ciclo solar
Ciclo Solar de Schwabe, ou simplesmente Ciclo solar, ou é um ciclo que dura 11 anos no qual o Sol atinge sua potência máxima, e em seguida esse brilho passa a diminuir e após atingir o mínimo possível, volta a crescer.
O período de maior brilho é conhecido como máximo solar. O período onde o brilho está o mais baixo é conhecido como mínimo solar. Ademais, o ano de 2020 é uma das mudanças entre esses ciclos.
Também há variações repentinas no campo magnético. O norte se torna sul e vice e versa. E, portanto, são essas variações que ajudam na ocorrência do máximo ou do mínimo solar.
O Sol é um corpo de quatro bilhões e meio de anos pairando pelo espaço enquanto repete esse ciclo a cada onze anos, sem fim. Se você pensa que sua vida está entediante, pense nele.
O timelapse
Todas essas 425 milhões de imagens e 20 milhões de gigabytes não renderam apenas ciência. As pessoas comuns – e porque não também os cientistas? – podem desfrutar do experimento.
A NASA criou, com as imagens, um timelapse, comprimindo os dez anos em aproximadamente uma hora, onde é possível notar também toda essa atividade solar descrita no texto.
Note que em alguns momentos o Sol possui diversas variações no brilho, manchas surgem e desaparecem. Também é possível notar o plasma pulando pela superfície durante as erupções solares.
O vídeo também é acompanhado pela música “Solar Observer”, que foi composta pelo músico Lars Leonhard especialmente para servir como trilha sonora para o timelapse.
Sem mais delongas, veja o timelapse:
Com informações de LiveScience e NASA.