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Planeta Terra

El Niño deste ano pode ter consequências globais devastadoras

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O El Niño deste ano está preocupando os cientistas climáticos, que monitoram de perto as temperaturas do Oceano Pacífico. Mesmo que seja mais fraco devido ao aquecimento global causado pelo homem, o El Niño pode ter impactos significativos no clima, desde o branqueamento de recifes de coral na Austrália até inundações na África Oriental, além de causar prejuízos trilionários para a economia mundial.

O que é o El Niño?

O El Niño ocorre quando as temperaturas da superfície do mar no leste do Oceano Pacífico tropical se elevam 0,5°C acima da média de longo prazo. Esse ciclo de temperaturas superficiais, conhecido como El Niño Oscilação Sul (ENOS), alterna entre os estados quente El Niño e frio La Niña a cada dois a sete anos, com anos neutros no meio.

Nos últimos anos, o Oceano Pacífico acumulou uma quantidade recorde de calor, tanto do aquecimento global quanto de oscilações naturais. Com a transição para o El Niño, grande parte desse calor retorna para a atmosfera, podendo levar as temperaturas globais médias a ultrapassarem 1,5°C de aquecimento em 2024. No entanto, a força e as consequências do próximo El Niño dependem de sua intensidade.

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Segundo as projeções mais recentes da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), há mais de 90% de chance de o El Niño persistir até fevereiro do próximo ano. Embora a força ainda seja incerta, há mais de 50% de chance de que ele atinja o nível mais forte e 20% de chance de rivalizar com os poderosos El Niños de 1997-98 e 2015-16.

A dança entre o oceano e a atmosfera

A temperatura da superfície do mar no Oceano Pacífico tropical e a resposta da atmosfera a esse aquecimento determinam os resultados específicos do El Niño. Geralmente, águas mais quentes enfraquecem os ventos alísios de leste, levando a um maior aquecimento no oceano. No entanto, apesar do calor armazenado no oceano, os ventos ainda não diminuíram significativamente, o que pode afetar o desenvolvimento do El Niño.

Curiosamente, as mudanças climáticas podem estar influenciando o desenvolvimento lento do El Niño até o momento. Acredita-se que as águas quentes no Pacífico Ocidental estejam compensando o impacto das águas orientais mais quentes nos ventos alísios. Quanto mais tempo o El Niño demorar para se fortalecer, menor será a probabilidade de que ele atinja força histórica este ano.

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Mesmo um El Niño relativamente fraco pode criar condições climáticas mais extremas, como chuvas intensas, secas e altas temperaturas. Tais mudanças podem afetar ecossistemas, incluindo o branqueamento de corais na Grande Barreira de Corais e a ameaça de incêndios na Amazônia. No entanto, o El Niño também pode trazer chuvas benéficas para o Corno de África, onde milhões de pessoas estão enfrentando insegurança alimentar devido à seca e conflitos.

Impacto econômico e ambiental

Os impactos econômicos do El Niño podem ser expressivos, especialmente nos países mais pobres dos trópicos. Estima-se que o El Niño extremamente forte de 1997-98 tenha custado à economia global US$ 5,7 trilhões na época. Dependendo das emissões contínuas de dióxido de carbono, os impactos do El Niño no século 21 podem levar a uma redução de até 5% na produção econômica global.

Em resumo, o próximo El Niño provavelmente terá um impacto negativo considerável. Combinado com o aquecimento global, suas consequências potenciais são imprevisíveis. É fundamental monitorar de perto esse padrão climático e se preparar para lidar com seus possíveis efeitos.

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