Dois satélites russos estão perseguindo um espião dos EUA em órbita

Milena Elísios
Segundo o comandante da Força Espacial dos EUA dois satélites russos estão perseguindo um satélite espião americano em órbita. (Imagem: iStockphoto)

Segundo o comandante da Força Espacial dos EUA dois satélites russos estão perseguindo um satélite espião americano em órbita. Na última segunda-feira, o general John “Jay” Raymond, chefe de operações espaciais da Força Espacial, revelou à revista Time que dois satélites russos chegaram extremamente perto do satélite de espionagem dos EUA.

Os satélites russos foram observados pela primeira vez por Michael Thompson, um entusiasta de satélites e naves espaciais que twittou sobre as observações. 

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“Algo para se observar: o Cosmos 2542, um satélite de inspeção russo, recentemente sincronizou sua órbita com o USA 245, um NRO KH11”, twittou Thompson.

https://twitter.com/M_R_Thomp/status/1222990126650994698?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1222990126650994698&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.space.com%2Frussian-spacecraft-stalking-us-spy-satellite-space-force.html

“Vemos esse comportamento como incomum e perturbador”, disse Raymond à revista Time . “Ele tem o potencial de criar uma situação perigosa no espaço”. 

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Raymond também disse que os dois satélites estão se comportando de maneira semelhante ao que é conhecido como “satélites de inspeção” da Rússia. “Em qualquer outro lugar, essa medida seria interpretada como um comportamento potencialmente ameaçador”

Esta é a primeira vez que os militares americanos revelam publicamente uma ameaça direta de outro país a um satélite dos EUA. Identificar e retificar essas preocupações foi uma grande razão por trás da Força Espacial. À medida que mais e mais satélites são lançados, com recursos aprimorados para coletar informações do espaço, mais oportunidades são criadas para a interferência desses satélites. 

Os novos satélites que vem sendo desenvolvidos representam um desafio para estrategistas e diplomatas militares, que lutam para definir o que seria uma “arma” no espaço. Isso porque os mesmos novos sistemas que podem reparar um satélite também podem, sem nenhuma dificuldade, ser implantados para destruir outro. 

Os esforços contínuos da Rússia e da China para promover seus programas espaciais levaram em consideração o estabelecimento da Força Espacial. Agora, enquanto a Força Espacial continua investigando os dois satélites russos, as tensões políticas entre os dois países continuam altas devido às acusações de interferência russa no sistema eleitoral dos EUA.

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