Com qual frequência devemos tomar banho?

Daniela Marinho
Imagem: Canva

Você já se perguntou com qual frequência devemos tomar banho? Os mais antigos relatos sobre o hábito de tomar banho datam de mais de 3.000 anos e são relacionados aos egípcios. Esse ato de higiene praticado desde então era considerado um evento sagrado, pois envolvia a purificação do espírito.

No entanto, nem sempre foi assim. Durante muito tempo, o banho foi considerado profano, artigo de luxo e até mesmo causador de doenças e mortes. Foi apenas com o fim da 2ª Guerra Mundial que as casas ganharam banheiros, graças ao cientista francês Louis Pasteur e as noções de prevenção de doenças por meio da higiene no século XIX.

Qual a frequência correta do banho?

Historicamente, o banho é uma herança cultural do Ocidente. No Brasil, o hábito foi logo aceito, sobretudo pelo clima predominantemente tropical. O banho como se conhece hoje surgiu apenas em 1930, mas era tomado somente aos sábados – mesmo dia em que se trocava a roupa de baixo das crianças.

Atualmente, ele já se fixou como um hábito higiênico frequente, além de uma forma de se refrescar. Mas com qual frequência devemos tomar banho? Na verdade a resposta não é exata. Isso significa que há uma série de respostas certas.

De acordo com Jeffrey Cohen, dermatologista e professor assistente da Yale School of Medicine, as pessoas tomam banho entre dias alternados e duas vezes ao dia, dependendo de sua preferência pessoal e de como sua pele reage ao ser molhada. Esse seria um caminho considerado adequado.

Existe uma rotina ideal do banho?

Ainda segundo Cohen, a recomendação é de que o banho não precisa ultrapassar 15 minutos, mas também não seria interessante tomar banho por menos de 10 minutos. Além disso, a temperatura da água deve ser morna. Essas diretrizes podem ajudar a evitar queimaduras na pele e ressecamento.

Com qual frequência devemos tomar banho
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Entretanto, como todo mundo é diferente, a rotina de banho também pode ser diferente, não há problema, até mesmo porque algumas pessoas sentem uma maior necessidade de banhos, por motivos diversos. O oposto também é válido: pessoas que preferem tomar menos banho, duas ou três vezes por semana, têm o aval de dermatologistas que afirmam estar tudo bem.

O que a ciência diz

A ciência e a cultura estão envolvidas no assunto, principalmente na frequência com que as pessoas sentem vontade e necessidade de tomar banho. É o que revela um estudo de 2014 sobre os hábitos globais de banho da empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International.

O estudo em questão descobriu que as pessoas nos Estados Unidos tomam banho um pouco menos de sete vezes por semana. As pessoas que vivem no Reino Unido, China e Japão registram cerca de cinco por semana, enquanto as do Brasil se aproximam de 12.

Quanto ao cabelo, a maioria das pessoas lava a cabeça cerca de quatro vezes por semana, independentemente da frequência com que toma banho – exceto no México, onde as pessoas tomavam banho e lavavam-se praticamente todos os dias.

Ricos envolvidos no mais e no menos

Tomar banho é importante, mas a frequência do banho tem seu lugar de destaque; ou seja, há riscos envolvidos em exagerar na ocorrência e riscos em negligenciar o hábito. Desse modo, vale entender que a pele é a barreira entre tudo dentro do corpo e tudo fora dele. Isso significa que ele toca e coleta muitas coisas; assim, quando a quantidade de banhos é pouca, detritos como células mortas da pele, sujeira do ambiente e sebo podem se acumular. Quando isso acontece, as irritações, infecções e odores desagradáveis surgem.

O exagero também é nocivo, pois muitos banhos podem acabar ressecando a pele e o cabelo, prejudicando o papel na manutenção do sistema imunológico que a pele faz. Dito isso, não existe uma resposta certa para responder qual a frequência correta dos banhos, mas é importante saber o que funciona para o seu corpo e do que ele precisa.

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