Um brasileiro mostrou em um vídeo que as formigas são um dos insetos mais incríveis da Terra. Nele, podemos ver centenas de pequenas criaturas construírem uma ‘ponte social’ para chegar a um favor de mel de vespas na varanda de uma casa.
Francisco Boni fez o vídeo em 2018, que viraliza até hoje devido à fenomenal estrutura da sociedade de formigas. Formigas possuem uma capacidade ímpar de organização e inteligência.
No vídeo, é possível ver um enxame de formigas legionárias, também conhecidas por marabunta. Esse grupo de insetos, contudo, agrega mais de 200 espécies de formigas. As legionárias são conhecidas por suas migrações regulares em colunas estritamente organizadas que podem atingir mais de 40 metros de comprimento.
O objetivo das formigas, neste caso, era alcançar um favo de mel de vespas pendurado no teto de uma varanda. Como resultado, uma ‘corda’ longa é formada, consistindo de formigas vivas.
“Ataque de formigas legionárias (também conhecidas como formigas do exército ou marabunta) a um favo de mel de vespa. Impressionante o nível de inteligência e computação coletiva do enxame para formar essa ponte”, escreveu Francisco, que também é letrado cientificamente, em sua publicação no Twitter.
“Quando esse tipo de ataque acontece, as vespas geralmente escapam e as formigas não saem até saquearem completamente o favo de mel, carregando pupas, larvas e ovos, além de alguns adultos que não conseguiram escapar.”
Segundo ele, a estrutura foi construída apenas com formigas e não possuía base, exceto pelas camadas dos corpos colados dos insetos.
Por que uma ponte?
Uma coisa que intriga os que assistem o vídeo, contudo, é que elas não necessariamente precisavam construir uma ponte para alcançar o favo, visto que uma curta caminhada pelo teto seria o suficiente para alcançar as vespas.
Francisco explica que talvez isso não fosse possível. “Para formigas, é mais eficaz seguir a trilha por uma ponte que desce e depois sobe do que em uma caminhada invertida. Também é provável que as formigas de cabeça para baixo não possam transportar cargas significativas”, segundo ele, que cita informações de um artigo publicado na Quanta Magazine.
