Civilizações que desapareceram misteriosamente é um assunto muito intrigante. Historiadores passam a vida toda tentando entender o que aconteceu com certos povos, e, muitas vezes, são capazes de fazer descobertas incríveis. Exploradores de séculos passados também se aventuravam, encontrando templos em florestas, assim como enormes fossos que escondiam palácios lendários.
Compreendemos bem o que houve com os povos egípcios e romanos, por exemplo, mas alguns tiveram um fim que permanece, ainda, uma incógnita. Há muitos casos em que uma civilização inteira simplesmente desapareceu sem deixar indícios claros das razões que levaram ao seu fim. Cidades que antes pulsavam com vida, grandes centros agrícolas e comerciais, largados para sempre, sem vestígios.
Aprendemos sobre algumas dessas civilizações perdidas, mas o que isso pode significar? Como elas sucumbiram e qual a verdadeira razão do seu fim? Há algo que possamos aprender com isso, fazendo paralelos com nossos estilos de vida e desafios no século XXI? Vejamos algumas delas abaixo.
Civilizações que desapareceram misteriosamente
Os maias
Uma das civilizações mais emblemáticas a desapareceram misteriosamente, o Império Maia se localizou onde hoje se encontra o México, Guatemala e Belize. Em seu período, a civilização maia era uma das mais avançadas do planeta, e hoje é reconhecida por suas capacidades matemáticas, arquitetônicas e de engenharia.
Essa civilização perdida continha grandes cidades, estradas e monumentos, assim como tecnologias que lhe permitiu avançar e crescer. Desde pirâmides enormes a fazendas em terraços, a civilização maia realizou feitos impressionantes.
Contudo, em torno de 900 EC, a civilização entrou em declínio. Em poucas décadas, a população foi devastada. Os historiadores sugerem que isso pode ter ocorrido devido a mudanças climáticas e desastres naturais, assim como guerras e fome.
Ilha de Páscoa (Rapa Nui)
A Ilha de Páscoa já abrigou uma antiga civilização, que criou o moai, figuras humanas monolíticas, entre os anos 1250 e 1500 EC. Algum tempo após sua criação, essa civilização entrou em colapso e desapareceu.
É possível que doenças tenham contribuído para seu declínio.
Harapeanos do Vale do Indo
Outra dentre as civilizações que desapareceram misteriosamente foi a do Vale do Indo, uma das maiores da história antiga. Acredita-se que essa civilização se estabeleceu há 8000 anos, ainda que seus maiores desenvolvimentos tenham ocorrido em 2500 AEC.
Essa civilização se espalhava pelo que hoje é a Índia, Afeganistão e Paquistão. Acredita-se, hoje, que uma mudança no ciclo das monções pode ter impactado sua capacidade de produção agrícola. Alguns sugerem ainda que muitos rios secaram, antes de uma enchente repentina devastar grande parte da população.
Outros desastres naturais, como terremotos e epidemias, também podem ter levado ao seu fim.
Thonis, Egito
Antes se acreditava que a civilização de Thonis era um mito, mas sua existência foi confirmada no início do século. Essa cidade egípcia se perdeu sob as ondas séculos atrás, mas mergulhadores da região encontraram vários artefatos na costa do Egito, revelando uma civilização inteira.
Alguns dos artefatos incluíam joias, lâmpadas, moedas, ruínas de templos e cacos de cerâmica. Acredita-se que a cidade era um grande porto comercial. É possível que a cidade tenha sido abandonada, e que outras cidades tenham ocupado seu lugar após diversos desastres naturais a atingirem, como tsunamis, terremotos e enchentes.
Çatalhüyuk
Çatalhüyük foi um dos primeiros assentamentos urbanos do mundo, além de uma dentre as civilizações que desapareceram misteriosamente. Essa civilização perdida se estabeleceu na Turquia há cerca de 8000 anos atrás, e foi conhecida por sua arquitetura única e engenharia.
A interpretação da sua arquitetura indica que os habitantes caminhavam pelos telhados, ao invés de usarem ruas, pois todos os prédios eram interconectados.
Não se sabe o que aconteceu com esse povo. Alguns acreditam que foram doenças, assim como a falta de expansão para outras áreas.
Império Quemer
O Império Quemer foi lar no maior complexo de templos no planeta. Angkor, a capital, se localizava no país hoje conhecido como Camboja. Ainda que impressionante, o império declinou após 1200 EC. Há muitas teorias que tentam justificar seu desaparecimento, como desastres ambientais, guerras e doenças.
Os especialistas ainda não têm certeza do que exatamente devastou essa civilização.
Cahokia
Há cerca de 1200 anos atrás, Cahokia foi estabelecida onde hoje fica St. Louis, nos Estados Unidos. A cidade era conhecida por seus prédios, praças e grandes montes pela região. Havia cerca de 120 montes em Cahokia, um dos quais tinha mais de 30 m de altura.
Os especialistas acreditam que a população foi devastada por uma imensa enchente em torno de 1200 EC. Outros sugerem que foi uma pequena era do gelo, ou ainda a exploração massiva dos recursos o que levou ao seu fim.
Minoicos
Uma das mais fascinantes civilizações que desapareceram misteriosamente, a civilização minoica foi estabelecida na ilha de Creta há cerca de 5000 anos atrás. Essa civilização era muito educada e bem sucedida, com grande população de artistas, comerciantes, navegadores e guerreiros.
Os minoicos foram a primeira civilização europeia a usar uma linguagem escrita. Eles foram destruídos em torno de 1500 EC, inicialmente devido a uma erupção do vulcão Santorini. As áreas que não foram danificadas pela erupção em si depois foram atingidas pelo maremoto oriundo da erupção.
O maremoto destruiu as plantações, navios e prédios, assim como todos os recursos da costa.
Olmecas
A civilização olmeca se localizava ao longo do Golfo do México, em torno de 1100 EC. São conhecidos por sua arquitetura e estátuas de pedra. Eles também construíam aquedutos em suas cidades, feito impressionante para a época.
A civilização sucumbiu em torno de 400 EC. Muitas de suas cidades foram abandonadas, e os especialistas acreditam que foi um desastre natural, como uma seca ou erupção vulcânica, que causou uma grande perda das plantações. Outros dizem que guerras trouxeram problemas à região, trazendo o fim desse povo.