Imagens de tubarão misterioso do mar profundo foram registradas

Damares Alves

No oceano profundo habita uma criatura tão incrivelmente eficiente que permaneceu inalterável por 200 milhões de anos.

Esses são os tubarões-albafar (Hexanchus griseus) e como a maioria das criaturas do fundo do mar, seus hábitos são um grande mistério.

Em circunstâncias normais, eles preferem as águas mais escuras das zonas meso e batipelágica (até 2.500 metros ou 8.200 pés de profundidade), entrando em águas mais rasas apenas a noite para se alimentar.

Recentemente uma equipe de biólogos da Universidade da Florida fez uma viagem às Bahamas em um navio de pesquisa da OceanX, para mergulhar em um submersível e estudar o tubarão em seu em seu próprio Habitat – uma vez que capturar o animal e traze-lo para a superfície poderia desorienta-lo e comprometer a pesquisa.

Podendo viver até 80 anos, essas criaturas fantásticas tem seis branquias primitivas que são uma herança do período jurássico, quando os ancestrais de tubarões evoluíram pela primeira vez.

Tão belos quanto incríveis, eles podem chegar a 8 metros, com corpo largo e olhos verdes luminosos os tubarões-albafar sobrevivem como a maioria dos tubarões, tanto caçando presas vivas como se banqueteando com carcaças de animais mortos caídas no fundo do mar.

Com caixas de isca, a equipe submergiu em mergulhos noturnos a centenas de metros abaixo no oceano, na costa de Cape Eleuthera, na esperança de capturar um tubarão com seu GPS.

“Na primeira noite havia seis fêmeas. Nós alinhamos a mira, e disparamos a etiqueta… e ela bateu na pele da fêmea”, escreveu Oceanx em um post no blog .

“Na segunda noite, fizemos os ajustes necessários… Mas nenhum tubarão apareceu. Já na terceira os tubarões estavam de volta, e estávamos muito animados para implantar a etiqueta, mas infelizmente uma grande garoupa veio e marcou a si mesma (exatamente na marcação correta. Assim, pelo menos podemos ter informações de garoupas por algum meses, a menos que o peixe seja devorado por algum predador).”

Na quarta noite, eles conseguiram, marcaram um grande tubarão macho.

O vídeo foi publicado no Twitter pelo biólogo marinho Gavin Naylor, da Universidade Estadual da Flórida, não é o tubarão marcado, mas uma enorme fêmea que a equipe encontrou no sábado (29 de junho).

Ela é claramente visível nas luzes do submersível enquanto circula, atraída pela isca.

 

“Isso é histórico por vários motivos”, escreveram eles . “Agora que já provamos que esse método pode funcionar para o Tubarão-Albafar, podemos desbloquear o mundo dos moradores de águas profundas dos leviatãs e obter informações importantes sobre seu movimento e comportamento.”

Uma versão desta matéria foi publicada em julho de 2019.

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