Connect with us

História

História e evolução da Copa do Mundo Feminina

Published

on

Com mais de 1 milhão de ingressos vendidos, a Copa do Mundo Feminina tem tudo para se tornar o campeonato esportivo feminino mais concorrido da história, de acordo com a FIFA. Nessa edição, pela primeira vez, 32 times estão competindo – mais do que os 24 times presentes nas duas edições anteriores.

Ainda que tenha ganhado uma visibilidade maior, a questão do esporte feminino ainda tem que enfrentar duros desafios estruturais, como a falta ou o número baixo de patrocínio – em comparação ao futebol masculino, o estigma dos vários anos que as mulheres foram impedidas de jogar, a profissionalização tardia no país e investimento.

Origens do futebol feminino

Apesar de já haver registros de partidas de futebol feminino desde o século XVIII, foi somente em 1895 que o esporte começou a ganhar maior notoriedade com a participação do British Ladies’ Football Club (BLFC). Este clube de futebol feminino pioneiro representou desafios consideráveis, uma vez que não contava com o apoio das associações de futebol do Reino Unido.

Advertisement

Mesmo com as adversidades, o BLFC realizou sua partida inaugural em Londres, seguida por uma bem-sucedida turnê. A cobertura midiática que conseguiu foi ampla, não só pelo interesse no esporte em si, mas também por suscitar debates na sociedade vitoriana inglesa acerca dos direitos e papéis das mulheres.

Papel da FIFA

Somente 61 anos após a FIFA estabelecer a primeira Copa do Mundo masculina foi que o “mesmo” aconteceu numa versão feminina. Apesar do sucesso dos jogos de 1988, persistiam desconfiados quanto ao sucesso comercial de uma “Copa do Mundo” feminina. Inicialmente, a FIFA optou por nomear o torneio de “Campeonato Mundial de Futebol Feminino para a Copa M&M’s”, incorporando a marca do fabricante de doces Mars, único patrocinador corporativo do evento.

As dúvidas, entretanto, foram completamente dissipadas. Mais de meio milhão de entusiastas compareceram para prestigiar a competição que contou com a participação de 12 nacionais. Após uma final emocionante, na qual a equipe dos EUA derrotou a Noruega diante de uma multidão empolgante de 65.000 pessoas no Tianhe Stadium em Guangzhou, o então presidente da FIFA, João Havelange, declarou: “O futebol feminino agora está firmemente estabelecido e florescente.”

Advertisement

Futebol “não era” para mulher

Havia uma crença de que as jogadoras de futebol feminino não estavam à altura de seus colegas masculinos. Isso se refletia em diferença nas partidas, que eram 10 minutos mais curtas que as masculinas, gerando comentários como o da capitã da seleção americana, April Heinrichs, que aludiu ironicamente ao medo de lesões físicas durante os jogos: “tinham medo de que nossos ovários caíssem se jogássemos 90 minutos.”

Além disso, as jogadoras não eram tratadas como profissionais, o que resultava em medidas de corte de custos. A seleção americana, por exemplo, precisava fazer escalas para buscar outras equipes antes dos jogos e enfrentar condições desfavoráveis ​​em comparação com os jogadores masculinos, como o uso de uniformes de segunda mão.

As condições de hospedagem também eram inferiores, com todas as jogadoras dividindo um quarto em uma simples cama e café da manhã durante viagens ao exterior.

Advertisement

Outro aspecto importante a ser destacado é que a Copa do Mundo Feminina não oferecia premiação em dinheiro até o ano de 2007. Essa disparidade reforçava a desigualdade de tratamento entre o futebol masculino e feminino em termos de reconhecimento e compensação financeira.

De passo em passo

Desde então, algumas mudanças ocorreram. Para o torneio deste ano em julho, um orçamento de US$ 435 milhões foi alocado para a realização de todo o evento. Diferentemente das edições anteriores, as equipes concorrentes contarão com campos de base dedicados nas duas cidades-sede, Austrália e Nova Zelândia, proporcionando melhores condições para as competidoras.

Além disso, o valor do prêmio em disputa aumentou consideravelmente. Desta vez, as jogadores competirão por um montante de US$ 150 milhões, o que representa um grande aumento em relação ao prêmio de US$ 30 milhões oferecido durante os Jogos de 2019. Ainda que esse valor seja significativo, vale ressaltar que equivale apenas a um terço dos US$ 440 milhões destinados ao prêmio total da Copa do Mundo Masculino. Essa disparidade financeira continua a ser uma questão importante a ser enfrentada no cenário do futebol feminino, com expectativas de superação.

Advertisement
Advertisement
Colagem de produtos em oferta

Aproveite nossas ofertas imperdíveis

Garimpamos as promoções mais quentes da internet para você economizar no que realmente vale a pena.

VER OFERTAS

Copyright © 2025 SoCientífica e a terceiros, quando indicado.