Geleira nos Alpes suíços revela corpo de alpinista desaparecido há 37 anos

Damares Alves
Imagem: Police Cantonale Valaisanne

Foram descobertos, em uma geleira nos Alpes suíços, os restos mortais de um alpinista alemão que estava desaparecido há 37 anos. A descoberta foi feita por alpinistas na geleira Theodul, perto de Zermatt, Suíça.

Eles notaram restos humanos emergindo do gelo derretido, juntamente com uma bota de caminhada e crampons. Após uma análise de DNA, as autoridades da polícia de Valais confirmaram que os restos mortais recuperados pertenciam a um alpinista de 38 anos que desapareceu em 1986, segundo anunciado.

Com o acelerado avanço das mudanças climáticas, as geleiras da Suíça estão derretendo em taxas alarmantes. Esse fenômeno tem levado ao surgimento de corpos e artefatos de suas tumbas de gelo.

Em 2017, dois corpos bem preservados foram encontrados na geleira Tsanfleuron nos Alpes Ocidentais, estimando-se que estivessem lá desde 1942. No ano passado, alpinistas se depararam com destroços e múltiplos corpos de um acidente aéreo ocorrido em 1968 na geleira Chessjen em Valais.

Artefatos antigos, incluindo uma sandália da Idade do Ferro e um sapato com cerca de 3. 000 anos, também emergiram do gelo derretido na Noruega.

A Suíça depende muito de suas geleiras para a segurança hídrica, pois elas armazenam uma quantidade significativa de neve durante o inverno, que gradualmente derrete e abastece os rios durante o verão, fornecendo água potável às comunidades locais. No entanto, a Rede de Monitoramento de Geleiras Suíças (GLAMOS) relata que essas geleiras estão diminuindo rapidamente devido às mudanças climáticas.

Somente em 2022, o volume de gelo diminuiu em 6%. O recuo das geleiras não apenas revela evidências históricas, mas também levanta preocupações sobre o impacto das mudanças climáticas no meio ambiente e na vida humana.

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