Gata ganha pés de titânio e sobrevive depois de perder membros congelados

Erik Behenck

A Rússia é um país que conta com partes do território realmente muito geladas, para não dizer congelantes. Uma gata teve suas patas congeladas, mas veterinários fizeram a substituição por próteses impressas em 3D, fabricadas com titânio. A partir disso, ela pôde voltar a caminhar sozinha e aproveitar a sua vida sobre quatro patas.

Essa situação pode parecer estranha, um animal no estilo cyborg, mas já havia acontecido anteriormente. Uma gata que ganha pés de titânio é sortuda, já que poderia ter sido sacrificada, mas ao contrário disso, os veterinários resolveram lhe dar mais uma chance.

A gata cinza conhecida por Dymka, névoa em russo, tem aproximadamente 4 anos de idade e foi localizada por um motorista, em dezembro de 2018, na neve de Novokuznetsk, na Sibéria. A partir disso, ele levou o animal para uma clínica da região.

O felino estava sofrendo com queimaduras nas patas, orelhas e cauda, sendo que todos estes membros foram amputados, para que ela pudesse sobreviver. Conforme o The Moscow Times, foi o segundo animal do mundo a receber quatro próteses biônicas.

Como ela ficou congelada?

Uma versão da história conta que ela tinha um cuidado e vivia em uma casa, mas que o proprietário ele vendeu a residência e deixou o felino por lá. A partir disso, ela começou a perambular pela gelada Sibéria, por tempo indeterminado. Acreditam que Dymka seja britânica.

E foi em busca de calor que acabou tendo as orelhas, a cauda, parte do nariz e as quatro patas congeladas.

Prática comum durante o inverno na Sibéria

Os veterinários que atuam na clínica de Novosibirsk tratam de cinco a sete gatos que sofrem com problemas no gelo durante o inverno. A picada de gelo se desenvolve a partir do momento em que temperaturas frias congelam parte da pele e dos tecidos, principalmente nas extremidades e em situações agudas, pode necessitar amputação.

Gata ganha pés de titânio: como fizeram?

O veterinário Sergei Gorshkov foi um dos responsáveis pelo tratamento de Dymka. Seus colegas atuaram ao lado de pesquisadores da Universidade Politécnica de Tomsk (TPU) para desenvolver um modelo de fosfato de cálcio, para que pudessem ser montados os implantes de titânio, fundidos diretamente nos ossos da perna.

Os pesquisadores realizaram tomografias computadorizadas das pernas da gata, para modelar e imprimir em 3D as hastes de titânio. Isso aconteceu em julho de 2019, mas a história só ganhou fama agora recentemente. Primeiro eles fizeram a colocação nas pernas dianteiras e depois nas traseiras. Como o material foi fundido no osso, a chance de rejeição ficou menor.

Sete meses depois que as novas patas foram colocadas em Dymka, a equipe publicou um vídeo no YouTube, imagens que mostram a gata suas próteses de titânio andando tranquilamente pela sala de exames, e ainda brincando com uma franja de cobertos.

Como dito anteriormente, ela foi o segundo do mundo a receber estes aparatos, antes, em 2016, na mesma clínica, um gato conhecido por Ryzhik, vermelho em russo, também ganhou quatro novas patas.

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