Cientistas finalmente concluíram o mapa mais completo da superfície da Lua

Erik Behenck
Mapa lunar contou com trabalhos antigos e atuais

Acabou de ser lançado o mapa mais completo da superfície da Lua. O trabalho foi desenvolvido pelo US Geologoy Survey. Assim, combina informações de seis mapas lunares criados durante a era Apollo, além de observações recentes realizadas por naves espaciais.

O projeto de cartografia lunar foi um pouco mais complicado do que apenas encaixar mapas da era Apollo. Não foi apenas montar um quebra-cabeça e juntar com dados mais atuais. Aliás, as bordas dos mapas regionais não estavam alinhadas, fazendo com que muitas características dos limites tenham sido descritas com nomes e idades inconstantes.

A criação do mapa completo da superfície da Lua

O mais novo mapa da superfície da Lua mostra como o satélite da Terra parece ter jogado paintball, já que é cheio de buracos e furos.

Nessa representação, cada cor serve para identificar uma formação rochosa ou de sedimentos, o que inclui crateras, bacias e campos de lava antigos. Nas partes onde há tons de mais escuros, é a representação dos planaltos, enquanto os vermelhos e os roxos indicam a presença de materiais vulcânicos e de fluxo de lava.

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Esse Mapa Geológico Unificado da Lua foi lançado no dia 20 de abril, combinando informações de seis mapas lunares feitos durante o Programa Apollo, de 1961 até 1972. Além disso, existem dados modernos que foram utilizados, com vistas dos polos lunares norte e sul, feitos pelo Lunar Reconnaissance Orbiter, da NASA.

O mapa unificado contou ainda com observações ao redor do equador da sonda lunar SELENE, da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial. Dessa forma, foi desenvolvido o vídeo que você pode conferir a seguir:

Um pouco mais sobre o mapa unificado

O mapa que mostra toda a superfície da Lua conta com os trabalhos desenvolvidos durante o Projeto Apollo, que foram feitos por grupos diferentes de pesquisa, por isso não seguiam o mesmo padrão. Assim, duas equipes diferentes, olhando para a mesma parte da Lua, não tiveram a mesma interpretação.

A nova produção é supervisionada pelo geólogo James Skinner, do US Geological Survey, em Flagstaff, no Arizona. Assim, ele e seus colegas de trabalho reconciliaram essas discrepâncias analisando as informações dos seis mapas regionais, além de novas observações do orbitador lunar.

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O novo mapa que mostra a superfície da Lua só foi possível graças as detalhadas observações dos orbitadores lunares, que serviram para esclarecer dúvidas e incertezas sobre crateras presentes no solo de nosso satélite. Dessa forma, puderam identificar a idade das crateras e inclusive um cronograma de formação delas.

Agora como o novo mapa em mãos, futuras missões humanas à Lua podem enfrentar menos dificuldades. A partir disso, podem identificar quais são as regiões mais ricas em recursos úteis ou as áreas que precisam de um mapeamento mais detalhado para que a espaçonave possa descer com segurança.

Para ler mais sobre as cores e quais composições químicas elas representam, acesse esse o material em inglês.

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