Há cerca de 2.000 anos um bebê romano de um ano de idade e seu cãozinho de estimação foram sepultados em um cemitério. Agora, pesquisadores encontraram o enterro da criança perto do Aeroporto Clermont-Ferrand Auvergne, no centro da França.
Segundo o Instituto Nacional Francês para Pesquisa Arqueológica Preventiva (INRAP) informou em um comunicado, o cachorro, um filhote, carregava uma coleira de sino adornada.
O bebê e seu cachorro de estimação
Ainda segundo o instituto, acredita-se que criança morreu durante a época Augusto-Tiberiana, ou seja, nas três décadas que se seguiram ao nascimento de Jesus Cristo.
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Até o momento não foi possível determinar o sexo ou causa da morte do bebê. Também ainda não está claro se o cachorro morreu de causas naturais, ou se foi morto para acompanhar a criança em seu rito fúnebre.
No túmulo também foram encontrados objetos pessoais do menino, entre os quais uma fíbula em liga de cobre e uma espécie de alfinete ornamental que deveria ser fixado em um pano. Contra o caixão, havia um círculo de ferro com cerca de trinta centímetros de diâmetro que era acompanhado por uma haste dobrada. Poderia ser um brinquedo: um arco e sua varinha que o permitia rolar no chão. Também havia um pequeno dente de leite sobre uma concha. O dente pertenceu a uma criança maior, que poderia ser um irmão do falecido ou alguém a quem ele fosse querido.
O pequeno falecido foi enterrado em uma sepultura grande para o seu tamanho, que foi cuidadosamente preenchida com vasos de terracota que continham alimentos e bebidas. Naquele período, era de costume dividir-se o banquete fúnebre, servindo porções aos vivos e enterrando o resto com os mortos.
Uma família de alta posição social
Os arqueólogos descreveram o enterro recentemente encontrado como “absolutamente excepcional”, tanto pela quantidade quanto pela qualidade dos objetos encontrados no túmulo da criança. Isto evidencia a posição privilegiada a que pertencia sua família.
“Tamanha profusão de louças e itens esquartejados, bem como os pertences pessoais que acompanharam a criança ao túmulo, sublinham a posição privilegiada a que pertencia a sua família.” disseram os arqueólogos no comunicado. “A associação de um cão com uma criança pequena está bem documentada no contexto de um funeral, mas aqui é a coleira e o sino que são incomuns.”
A equipe de pesquisa planeja continuar as escavações no local até fevereiro de 2021.