Foi na Reserva Nacional Masai Mara, no Quênia, que um guia turístico e fotógrafo chamado Antony Tira avistou uma zebra incomum, com o ‘casaco’ preto coberto de manchas brancas, e não manchas comuns, avistadas em zebras normais: eram pontos, ao invés de listras.

“No início eu pensei que era uma zebra que tinha sido capturada e pintada ou marcada para fins de migração”, disse Tira George Sayagie ao jornal queniano Daily Nation. “Eu estava confuso quando a vi pela primeira vez.

A causa da sua cor peculiar é o “pseudomelanismo”, uma característica genética que causa anormalidades nos padrões das listras de zebras. Esse tipo de evento é raro na natureza.

“Há uma variedade de mutações que podem perturbar o processo de síntese da melanina e, em todos esses distúrbios, acredita-se que os melanócitos estejam normalmente distribuídos, mas a melanina que produzem é anormal”, conta Greg Barsh, geneticista do Instituto Hudson-Alpha de Biotecnologia.

Após a descobertas e divulgação nas mídias sociais, turistas começaram a chegar “em massa” no local para vislumbrá-la. Mas o futuro pode não ser brilhante para essa pequena zebra.

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Tira, nome dado à pequena zebra, é, ainda, uma quase-recém-nascida, que foi encontrada por acaso. Ela se destaca no rebanho de outras zebras por conta de sua cor peculiar, o que pode, eventualmente, torná-la um ponto de referência para alguns predadores.

Outra questão, debatida há algum tempo por cientistas, é a função das listras das zebras, que muitos pensam que o padrão preto e branco pode, na verdade, ser como um repelente de moscas. Na África, as moscas carregam uma série de doenças que são fatais para as zebras, e suas pelagens finas as tornam especialmente fáceis de morder. Isso, contudo, é algo que somente o futuro irá responder, ao decorrer de sua vida na savana.

Se Tira conseguir se sair bem contra as moscas, ela também tem grandes chances de sair bem no seu meio social, já que cientistas observaram que zebras com características semelhantes puderam formar relações normais com outras zebras em outras ocasiões.

FONTES / Smithsonian / National Geographic