Zona de queima de gordura: a melhor forma de emagrecer?

Erik Behenck

Existem milhares de dietas, remédios e técnicas para perder peso e queimar gorduras. As pessoas fazem verdadeiras loucuras para chegar aos seus objetivos. Mas, e se existir uma zona de queima de gordura que pode facilitar tudo isso?

Um estudo publicado recentemente indica que praticar atividade físicas com 60% da frequência cardíaca máxima pode auxiliar nesse objetivo.

Zona de queima de gordura existe mesmo?

Em primeiro lugar, vamos falar um pouco sobre o metabolismo humano. Mesmo que ficássemos parados o dia inteiro, ainda assim o nosso corpo necessitaria de alimentação, já que mesmo parado consumimos energia. Aliás, ela vem de carboidratos, proteínas, gorduras e fosfatos.

Mas, a quantidade disponível e os níveis que utilizamos varia conforme uma pessoa e outra. Assim, isso depende de diversos fatores, como a ingestão de alimentos, a idade da pessoa, o sexo e como é a sua prática em relação aos exercícios físicos.

De modo geral, as atividades físicas com intensidade moderada ou baixa, como caminhada ou corrida leve não exigem esforços de nossos músculos, diferente das corridas. Dessa maneira, a quantidade de energia necessária para o corpo é menor, então as gorduras são utilizadas para a geração de energia.

Contudo, conforme a intensidade das atividades aumenta, essa gordura já não pode mais ser metabolizada para suprir a demanda por energia. Por outro lado, o corpo utilizará carboidratos, já que estes podem ser metabolizados mais rapidamente.

Quando estamos em repouso, o nosso corpo precisa de bem menos energias para funcionar, por isso o organismo metaboliza gordura. Dessa maneira, indicam que a zona de queima de gordura fica entre o repouso e o nível de intensidade onde os carboidratos se tornam fonte de energia.

Da para queimar gordura com mais facilidade?

Como saberemos o ponto ideal para o nosso corpo queimar gordura? Os pesquisadores avaliaram a quantidade de gordura utilizada em diferentes fases de um exercício físico. Assim, mediram a quantidade de ar que uma pessoa expele durante um teste de esforço, então puderam calcular as contribuições relativas de gordura e carboidratos para atender a demanda.

A maior quantidade de gordura queimada é conhecida como “taxa máxima de oxidação de gordura”, já a intensidade em que é ocorre é chamada “FATmax”. Desde que esse método foi colocado em prática pela primeira vez, estudos apontaram que a intensidade máxima no consumo de oxigênio aumenta de cerca de 40% a 70% com a prática de atividades físicas.

Levando este dado em consideração, perceberam que a taxa de queima de gordura reduz em intensidades mais altas, já que o corpo exige energia rapidamente.

Os pesquisadores conseguiram identificar que a zona de queima de gordura aparece entre cerca de 50% a 72% do VO₂ máx de uma pessoa. Contudo, a capacidade de queimar gordura também é relacioanda com a genética, onde os estudos apontam que essa capacidade provavelmente será menor nas pessoas com sobrepeso ou obesidade, indo de 24% até 46%.

A zona de queima de gordura talvez não deva ser considerada, e sim um “ponto ideal”, analisado de forma individual. Assim, pessoas que conseguem descobrir e fazem atividades físicas neste nível tendem a apresentarem melhores resultados.

FONTE / The Conversation

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