Vacina da Moderna é quase 95% eficaz contra COVID-19

Amanda dos Santos
(Imagem: Pixabay)

Há dois candidatos principais relatando dados preliminares mostrando o sucesso na prevenção da doença COVID-19. A vacina candidata a líder está parecendo promissora. Assim, os resultados preliminares indicam que a vacina da Moderna contra o coronavírus é quase 95% eficaz preventivamente, incluindo casos graves da doença, anunciou a empresa biotecnologia em 16 de novembro.

A CEO da Moderna, Stéphane Bancel, relata esse momento crucial para o desenvolvimento da vacina candidata, em um comunicado à imprensa. Ou seja, os resultados são a primeira validação clínica de que a vacina pode prevenir a doença COVID-19.

Apenas na semana passada, a empresa farmacêutica global Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech anunciaram suas vacinas contra o coronavírus como sendo mais de 90% eficaz na prevenção de adoecer por causa do vírus. Se ambas as vacinas continuarem com bom desempenho nos ensaios clínicos, os Estados Unidos poderão, em breve, ter duas vacinas contra o coronavírus disponíveis para os que são mais suscetíveis.

A corrida das vacinas

Tanto a Moderna, quanto a Pfizer planejam enviar pedidos à Food and Drug Administration dos EUA, nas próximas semanas. O pedido seria para permissão do uso emergencial de suas vacinas.

Os novos resultados da vacina da Moderna são baseados em análises de 95 casos do coronavírus ocorridos até agora durante o ensaio clínico de Fase III da empresa. Pesquisadores começaram a contar quais participantes ficaram doentes pelo menos duas semanas após receber a segunda dose da vacina.

Dos casos, 90 delas receberam o placebo e 5 estavam no grupo vacinado, tornando a vacina 94,5% eficaz. Porém, os dados são preliminares e ainda precisam ser revisados por outros cientistas.

vacina coronavírus
(Imagem: Pixabay)

O FDA recomenda que as vacinas COVID-19 tenham pelo menos 50% de eficácia. Portanto, a vacina deve reduzir o casos de coronavírus em pessoas vacinadas comparado ao placebo pela metade.

Lembramos que os ensaios clínicos da vacina da Moderna e da Pfizer estão em andamento, logo a eficácia final delas pode mudar. Além disso, não está claro o desempenho da vacina Moderna em diferentes grupos etários ou raciais, embora os resultados incluam alguns participantes mais velhos, bem como pessoas de origens raciais variadas.

Dos que adoeceram, 15 dos 95 casos são pessoas com mais de 65 anos. Outros 20 casos ocorreram em participantes hispânicos, negros, asiáticos ou multirraciais. Esses grupos foram desproporcionalmente atingidos durante a pandemia.

Resultados preliminares da vacina

De maneira importante, os novos resultados sugerem que a vacina pode impedir que as pessoas desenvolvam doenças graves, caso sejam infectadas com o vírus. Até agora, no ensaio clínico, 11 pessoas ficaram gravemente doentes, mas todas receberam o placebo.

Nina Luning Prak, imunologista da Universidade da Pensilvânia, diz ser encorajador esses primeiros resultados que sugerem que a vacina diminui a gravidade da doença. “Ainda é um número pequeno, mas é 11 de 11 contra zero do outro lado”, diz a imunologista.

A Moderna tem sede em Cambridge, Massachusetts. A empresa trabalha em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos em Bethesda, Maryland, para desenvolver a vacina. Concluindo, trabalhos anteriores mostraram que a vacina da Moderna desencadeia uma resposta imunológica nas pessoas que a recebem.

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