Antes de tudo, é importante salientar que até o momento, não houveram casos documentados de transmissão do novo coronavírus através de roupas e sapatos. Entretanto, se você está cuidando de uma pessoa acometida pela doença, lavar a roupa com frequência é uma parte essencial da higiene preventiva.
Mesmo se mantendo em casa o máximo possível, eventualmente você precisará sair em algum momento. O ministério da saúde aconselha que ao sair de casa todos devem usar máscara caseira (já abordamos anteriormente qual é o melhor material para a produção de máscaras), manter uma distância de pelo menos dois metros de alguém que esteja tossindo ou espirrando, além de sempre lavar as mãos até os cotovelos após tocar alguma superfície ou usar álcool em gel. Talvez mesmo tomando todos esses cuidados, ainda reste uma sensação de insegurança: roupas e sapatos podem levar a COVID-19 até a sua casa?
Roupas e sapatos podem levar a COVID-19 até a minha casa?
Se você vai sair para fazer compras, obviamente vai utilizar roupas e sapatos, é uma verdade inevitável. Mas estas peças de vestuário comum poderiam transportar e te infectar com o vírus? Segundo o Dr. Vincent Hsu, médico interno certificado pelo conselho de doenças infecciosas e medicina preventiva da AdventHealth, as roupas oferecem baixo risco de infecção.
“Ainda não sabemos muito sobre esse vírus, e estamos aprendendo mais sobre ele todos os dias. Mas este é o nosso entendimento atual: se você quer dar uma corrida no seu bairro ou fazer uma rápida visita ao supermercado, é altamente improvável que você contraia a COVID-19 através de suas roupas ou sapatos. Não acreditamos que sapatos ou roupas sejam uma fonte significativa de transmissão”, disse o Dr. Vincent Hsu à Healthline.
O novo coronavírus é transmitido por gotículas respiratórias. A tosse ou os espirros de uma pessoa acometida elo vírus próximo a outra pessoa é o meio mais provável de transmissão direta. Ainda assim, pesquisadores já mostraram que o vírus pode sobreviver fora do corpo humano em diversas superfícies, o que pode resultar em transmissão se tocado.
Dependendo do tipo de superfície, é possível que o vírus possa sobreviver por apenas algumas horas até alguns dias. Já os tecidos não são considerados a melhor incubadora para o vírus, como já demonstraram pesquisas anteriores com outros vírus conhecidos. Isso porque os vírus dependem da umidade para sobreviverem e a maior parte dos tecidos não propicia isso.
Mas e os sapatos?
Os sapatos levantam um pouco mais de preocupação porque é mais provável que carreguem bactérias e outros contaminantes para dentro de casa.
Durante um estudo realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), pesquisadores amostras das solas dos sapatos usados pelos membros da equipe médica na unidade de terapia intensiva de um hospital em Wuhan, China. Cerca de 50% das amostras deu positivo para o novo coronavírus.
Essas descobertas levaram os pesquisadores a sugerir que as solas dos sapatos da equipe médica possam incubar e transportar o vírus. Entretanto, os especialistas concordam que os sapatos são uma fonte improvável de transmissão do novo coronavírus na maioria dos casos. E isso porque já tomamos todos os cuidados necessários com o sapatos.
Não estamos botando os sapatos na mesa, não pegamos neles usando as mãos com frequência e obviamente não colocamos os sapatos na boca. A pessoas já tem uma pequena noção que os sapatos não são superfícies limpas.
Precaução nunca é de mais
Você não precisa lavar as roupas no exato momento em que chega em casa, mas se por acaso alguém espirrou ou tossiu nas proximidades, lavar essas roupas seria uma boa ideia. Mas manter o distanciamento social, lavar sempre as mãos e não tocar o rosto pode ser mais importante que lavar as roupas de imediato.
Já quanto aos sapatos, você pode tomar algumas medidas de segurança para garantir que os contaminantes não entrem em sua casa limpando os sapatos e deixando-os na porta ou designando uma área com segurança longe das áreas sociais da sua casa onde deixar sapatos e outras roupas externas.
Com informações do Ministério da Saúde e Healthline.
