5 exemplos na vida real do canibalismo humano

Amanda dos Santos
Historicamente, algumas culturas praticaram canibalismo humano. (Pixabay)

O canibalismo humano não existe somente em filmes e séries. Abaixo, listamos 5 exemplos de canibais que você nem imaginava na vida real:

vila de Negadai, o Biami
Vila de Negadai, o Biami. (Bullseye Productions)

Nossos ancestrais pré-históricos Homo antecessor

O canibalismo humano existe há muito tempo mesmo. Cerca de 900.000 anos atrás, o Homo antecessor viveu na Espanha e é um antigo parente nosso.

O mais chocante é que, segundo um estudo publicado no Journal of Human Evolution no ano passado, esse ancestral praticava o canibalismo provavelmente por praticidade. Ou seja, os hominídeos eram nutritivos de forma moderada e estavam mais próximos, os que os tornava uma presa fácil.

Neandertais: ancestrais pré-históricos mais recentes

Até nossos parentes mais recentes, os Neandertais, também eram canibais em alguma ocasião.

Arqueólogos acharam evidências de canibalismo neandertal em alguns lugares diferentes ao redor do mundo. Inclusive, na caverna em El Sidrón, Espanha e outra caverna em Moula-Guercy, na França. Mais recentemente, descobriram evidências em uma caverna na Bélgica.

Além do canibalismo, parece que os Neandertais também confeccionaram ferramentas com nossos restos mortais.

O povo de Biami de Papua Nova Guiné

Embora não pratiquem mais o canibalismo há décadas, existem algumas culturas isoladas em Papua Nova Guiné conhecidas por terem matado e se alimentado de humanos.

Em 2011, o apresentador de televisão britânico Piers Gibbon visitou o povo de Biami. Um membro mais velho da tribo contou sobre um caso de membros que mataram duas mulheres suspeitas de falar mal do marido. Segundo o homem, ela foi queimada como os porcos são para fins de alimentação.

Povo Fore, também de Papua Nova Guiné

Essa prática de canibalismo em outra tribo de Papua Nova Guiné, o povo Fore, disseminou a doença cerebral fatal chamada kuru. Ela causou uma epidemia devastadora no grupo.

Os membros sobreviventes carregam um gene que protege contra o kuru e outras “doenças priônicas”, como a vaca louca.

Tudo indica que a tribo parou com o canibalismo na década de 1950, o que levou ao declínio do kuru. Mas, de qualquer forma, a doença demora muitos anos para aparecer. Então, casos de kuru ainda surgiram por décadas.

Os pesquisadores trabalham para entender a mutação genética e o modo como funciona. Ainda mais, estudam para a prevenção do kuru com o objetivo de reunir novos insights sobre a prevenção também de doenças por príons.

O povo Xiximes do México

Em 2011, os arqueólogos explicaram o encontro de dezenas de ossos humanos com marcas de canibalismo em um antigo assentamento Xiximes de Cuevas del Maguey. Ele fica no norte do México.

Assim, os ossos estavam dentro de abrigos datados do início de 1400, informou a National Geographic.

Portanto, os Xiximes acreditavam que comer a carne de seus inimigos iria garantir a colheita produtiva de grãos.

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Uma parede de pedra com esculturas de caveiras encontrada no Templo Mayor em Zocalo, Cidade do México.

Concluindo, não são só as histórias de terror com zumbis que nos deixam assustados. O canibalismo humano está longe de ser inverídico e seus exemplos surgem cada vez mais, devido as pesquisas realizadas por arqueólogos.

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