Por que temos febre?

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Fonte: Peter Dazeley Getty Images

A elevação da temperatura corporal de um indivíduo é comumente chamada de febre. Um corpo está em sua temperatura ideal quando o termômetro marca entre 36 a 37° graus Celsius. No entanto, é importante ficar atento em alguns fatores que podem ocasionar alterações nesses valores.

Por exemplo, devido ao ambiente externo, o corpo humano pode acabar realizando uma troca de calor, causando oscilações na temperatura mostrada no termômetro. Portanto, é comum que durante o dia, o nosso corpo apresente uma temperatura mais baixa durante o dia e mais alta à noite.

Como o cérebro diferencia a mudança de temperatura?

A mudança na temperatura corporal está relacionada a fatores imunológicos, que induzem sinais ao cérebro, avisando que algo de errado pode vir a acontecer. Essa modificação é uma estratégia do organismo para tentar impedir a proliferação de vírus, bactérias e quaisquer outros agentes infecciosos.

Os microrganismos são sensíveis a mudanças bruscas de temperatura, e o sistema imunológico aproveita desse ponto fraco, para tentar pará-los antes que infeccionem gravemente o corpo. Entretanto, esses seres invisíveis não são os únicos que podem causar febre no ser humano.

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O sistema imunológico de um organismo tende a reagir quando percebe que houve um consumo exagerado de anfetaminas ou álcool. Assim, a temperatura do corpo é elevada para evitar danos irreversíveis ao organismo. Existem também os fatores ambientais, que são causados devido à insolação ou causas semelhantes que estejam relacionadas com o espaço externo.

Uma pequena região do cérebro conhecida como hipotálamo é o responsável por induzir a temperatura corporal padrão. Essa região funciona como uma espécie de termostato para o organismo. No momento em que um microrganismo utiliza o corpo humano como hospedeiro, é liberado como produto, substâncias bioquímicas chamadas de pirogênios.

A fase bioquímica da febre

Tais moléculas sinalizadoras são carregadas pela corrente sanguínea em direção ao hipotálamo. Além do próprio organismo, os patógenos também conseguem liberar os pirogênios. No momento em que o hipotálamo faz o reconhecimento dessas moléculas, induz o aumento da temperatura corporal, também conhecida como febre.

No caso das crianças, a temperatura costuma ficar ainda mais elevada, uma vez que o seu sistema imunológico ainda é inexperiente e pouco foi usado contra os patógenos. Assim, os pirogênios irão agir um pouco mais lento nessa faixa etária, em relação aos adultos. Há um ditado popular que diz: “Alimente um resfriado, faça passar fome uma febre”.

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Isso realmente é verídico entre a comunidade científica. Fazer a ingestão de qualquer alimento durante o período em que o organismo está em condições de estresse pode desencadear a ativação excessiva do sistema nervoso parassimpático. Comer enquanto o corpo tenta se recuperar pode ser mal interpretado pelo intestino, e acabar gerando uma resposta contra o alimento.

A febre é um mecanismo usado pelo corpo humano para combater infecções causadas por microrganismos. No entanto, caso a temperatura acima da ideal se prolongue por um longo período de tempo, poderá ocasionar sequelas no futuro. Portanto, as consequências geradas podem ser: estresse celular, infarto, necrose, convulsões e delírio.

Com informações da Scientific American.

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