Papagaio cinzento supera 21 estudantes de Harvard em teste de memória

Daiane Souza
Um papagaio-cinzento. Imagem: Pixabay

Você sabia que o papagaio cinzento pode viver por muito mais de cinquenta anos, um estudo publicado no início de 2020, já mostrou que estas aves são capazes de ajudar umas as outras sem esperar nada em troca.

Papagaios possuem a capacidade de decorar centenas de palavras em todas as línguas. Muito mais que isso, um deles até mesmo participou de um jogo com os estudantes de Harvard! Os pesquisadores desafiaram o pequeno papagaio chamado de Griffin a participar de um jogo de memória. Essa pesquisa foi publicada na Scientific Reports no dia 6 de maio de 2020. O mais surpreendente de tudo, foram os resultados: O pequeno conseguiu superar 12 dos 14 testes!

Papagaio Griffin
A pesquisadora Irene Pepperberg desafia Griffin para uma rodada do jogo Shell para seu novo estudo. (Crédito da imagem: Harvard University)

O autor principal do estudo ainda confirma: “É incrível como um papagaio consegue superar estudantes da maior universidade do mundo!” Vale ressaltar que o papagaio ainda competiu com estudantes concentrados na engenharia, pré-remédios, idosos e muitos outros. Mas, para uma melhor compreensão do caso, temos que citar que o papagaio não é um pássaro comum. Isso porque o animal de 22 anos já possui capacidades cognitivas desde seus meses iniciais.

Sua treinadora, uma professora de psicologia na universidade, disse que o papagaio já conseguiu aprender o nome de diversas cores e palavras na língua inglesa. O papagaio também não precisou de muitos treinamentos para compreender como funcionavam os testes. Fora apenas necessário apresentar alguns exemplos e logo o pássaro conseguiu repetir da mesma forma.

Papagaio Griffin
Griffin o papagaio com a psicóloga Irene Pepperberg. (Imagem: © Cortesia de Harvard / Stephanie Mitchell)

Mais sobre a pesquisa e o papagaio Griffin

Cerca de 21 crianças decidiram entrar na brincadeira (uma faixa etária entre 6 a 8 anos). Em cada momento que a brincadeira avançava, os níveis ficavam mais complexos. Para os adultos foram cerca de 120 rodadas enquanto as crianças participaram de apenas 36.

O jogo de memória era dividido rodadas, para cada rodada, os pesquisadores colocaram quatro pompons macios de cores diferentes – vermelho, azul, amarelo e verde – sob quatro copos de plástico idênticos em uma linha.

Jogo com o papagaio Griffin
No jogo, pom-pons de cores variadas eram dispostos sobre quatro copos e os estudantes tinham que apontar o copo que continha o pompom da cor referida.

A posição dos copos foi trocada até quatro vezes – uma troca consistia em duas posições de troca.

Dessa forma, no final dos testes, era necessário acompanhar 4 pom-pons diferentes dentro de 4 xícaras. Logo, receberam um pompom de cada cor e eles precisavam se recordar onde estavam os solicitados.

O papagaio Griffin obteve novamente ainda mais êxito que os outros jogadores. Os outros estudantes conseguiram acertar em média 3 das 4 cores presentes dentro da xícara. No fim apenas o pequeno pássaro perdeu para o cansaço. 

O poder da cognição

Segundo os estudos adquiridos com essa experiência, os pesquisadores puderam comprovar que ambos estavam em um percurso de manipulação, para que pudessem ganhar as partidas dos jogos. Além de conseguirem se recordar das informações, puderam manipulá-las enquanto as xícaras eram embaralhadas durante o teste.  Assim, quando foram realizadas as pesquisas, muitos cientistas e biólogos sugeriram que a manipulação está presente na evolução biológica.

O estudo foi publicado na Nature, confira.

Com informações de Live Science e Daily Mail.

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