O uso da maconha pode reduzir as chances de engravidar

Amanda dos Santos
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As mulheres que usam maconha enquanto estão tentando engravidar podem ter menos chances de engravidar comparado as outras que não utilizam a cannabis. É o que sugere um novo estudo.

Os pesquisadores do estudo descobriram que, entre as mulheres que tentavam engravidar, aquelas que relataram usar maconha ou que tiveram um teste de urina positivo para a droga tinham menos 40% de chances de engravidar durante cada ciclo mensal, em comparação com aquelas que não usaram maconha.

Além disso, os usuários de maconha apresentavam diferenças nos níveis de certos hormônios reprodutivos, o que realmente poderia afetar potencialmente suas chances de gravidez.

Questões sobre a pesquisa e as chances de engravidar

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Os pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) escreveram no estudo que esses resultados destacam associações potencialmente prejudiciais entre o uso de cannabis e os resultados da saúde reprodutiva.

No entanto, os autores observam que apenas um número relativamente pequeno de mulheres no estudo usava maconha. Isso limita a robustez dos resultados do estudo. E eles não avaliaram o uso da maconha em parceiros femininos, o que também afeta as chances de engravidar.

Ou seja, o estudo não prova que a utilização da maconha cause diretamente problemas de fertilidade – apenas a ligação entre o uso da droga e menores chances de concepção.

Além disso, o estudo envolveu uma amostra de mulheres que tiveram um aborto espontâneo anterior. Portanto, não está claro se os resultados se aplicariam à população em geral. Ainda assim, até que mais pesquisas estejam disponíveis, os autores relatam que as mulheres devem ser cautelosas sobre o uso da maconha enquanto tentam engravidar. Declaração dada pela NIH.

Concluindo, a relação entre a maconha e a fertilidade já foi abordada pelo Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas, que recomenda as mulheres que estão grávidas ou com chances de engravidar que interrompam o uso da maconha, devido às preocupações sobre o efeito da droga no desenvolvimento do cérebro do feto.

O estudo científico foi publicado no periódico Human Reproduction.

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