Freira de 117 anos sobreviveu à gripe espanhola, a 2 guerras mundiais e ao coronavírus

SoCientífica
Irmã André. (Reuters)

Após ficar de quarentena por conta da Covid-19 na casa de repouso Sainte Catherine Labouré, na cidade de Toulon, no sul da França, uma freira de 117 anos venceu mais uma grande batalha na sua vida ao ser declarada recuperada da infecção pelo coronavírus. Como sobreviveu a mais esse desafio, agora ela continua a manter o seu título como pessoa mais velha da Europa a segunda mundo.

“Nós a consideramos curada. Ela está muito calma e está ansiosa para comemorar seu 117º aniversário na quinta-feira”, disse à Reuters o porta-voz David Tavella.

Relacionado: Histórico de atleta não interfere no prognóstico de casos graves de COVID-19

“Ela continuava me dizendo: ‘não tenho medo de Covid porque não tenho medo de morrer, então dê minhas doses de vacina para aqueles que precisam delas'”, disse David Tavella.

Segundo o jornal Le Parisien, outros dez na casa de repouso da idosa morreram de Covid-19, depois que 81 dos 88 residentes obtiveram resultados positivos em janeiro. Houve mais de 3,4 milhões de casos na França e mais de 80.000 mortes, de acordo com o The Washington Post.

O nome original da freira é Lucile Randon, mas é conhecida por irmã André. Ela nasceu em 11 de fevereiro de 1904, em Alès, cidade da região Occitânia, no sul da França, e cresceu em uma família protestante não-religiosa.

Relacionado: Estudo confirma segurança da terapia com plasma de convalescentes da COVID-19

Apesar de ter pegado desenvolvido a doença do coronavírus, a Covid-19, a freira de 117 anos estava assintomática e não ficou assustada ao saber da notícia. Hoje cega e em cadeira de rodas, ela ainda lembra da pandemia da gripe espanhola de 1918 e das duas guerras mundiais que presenciou.

“Estou feliz de estar com você, mas gostaria de estar em outro lugar — junto ao meu irmão mais velho e ao meu avô e minha avó”, disse ela em uma entrevista.

Compartilhar