Dados de celulares de 100 milhões de brasileiros foram vazados

SoCientífica
Vazamento de dados de celulares mostra a vulnerabilidade do Brasil a hackers. (Shutterstock)

Após o maior vazamentos de dados da história do Brasil há poucas semanas, outro um vazamento foi revelado, e desta vez mais de 100 milhões de contas de celulares de brasileiros foram encontradas na dark web, segundo a empresa de cibersegurança PSafe.

Ao todo, 102.828.814 de contas de celulares estão na dark web. Dados pessoais, incluindo tempo de ligação, número de celular, tempo de ligação e endereço estão disponíveis a qualquer um.

Em entrevista à NeoFeed, Marco DeMello, CEO e fundador da PSafe, disse que enviou um detalhado documento com a investigação realizada para a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Pessoas comuns e públicas estão entre as vítimas.

Até agora, sabe-se que os dados vazados pertencem a duas operadoras de telefonia. Suspeita-se que os dados pertencem à Vivo (57, 2 milhões) e à Claro (45, 6 milhões). A informação vem de um cibercriminoso não indentificado, já que é quase impossível rastrear a origem nesse meio obscuro da internet, após a Psafe ter conseguido o seu contato.

“Não temos como dizer se são informações de clientes da Vivo e da Claro. Mas temos certeza que são dados de grandes operadoras de telefonia do Brasil”, afirma DeMello.

Tanto a Vivo quanto a Claro não identificaram vazamentos. Mas informaram que investigarão internamente se houve algum topo de vazamento, já que seguem rígidos controles de acesso a dados.

Venda de dados de celulares

Segundo Marco De Mello, o hacker é estrangeiro, vive fora do Brasil, e está vendendo cada registro por 1 dólar, através do bitcoin.

À NeoFeed, o CEO diz que esse valor seria mais como um chamariz. Ele muda de acordo com a quantidade. “Quem compra milhões de registros, chega a pagar um centavo por registro”, disse ele.

Segundo ele, a carteira de bitcoin desse criminoso está ativa, o que indica que já têm pessoas ou organizações comprando essas informações dentro da dark web.

Compartilhar