Supercomputador ajuda a criar uma cura para a depressão

SoCientífica
(Imagem: David Matos/Unsplash)

Cientistas foram capazes de sintetizar um novo peptídeo neuroativo curto que atua no sistema glutamatérgico, e que ajudará no tratamento da depressão clínica. Um algoritmo de supercomputador, contudo, ajudou a desenvolver a substância.

Depressão é uma das condições mentais mais perigosas e comuns. Além da psicoterapia, os pacientes com formas moderada e grave da doença recebem medicamentos especiais. Mas para 30% das pessoas que sofrem de depressão, esses medicamentos são ineficazes.

Pesquisadores de todo o mundo estão procurando novos compostos que seriam ativos contra esse estado mental.

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Cientistas do Instituto Skolkovo de Ciência e Tecnologia, da Universidade Estadual de Lomonosov, em Moscou, e do Instituto Sechenov de Fisiologia Evolutiva e Bioquímica da Academia Russa de Ciências recorreram à ajuda de um supercomputador para criar um novo neuropeptídeo que competirá com os desenvolvimentos de outros países.

A Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, aprovou o uso de cetamina (um bloqueador de receptores NMDA não seletivo) em 2019 para tratar a depressão tradicional resistente à terapia. Ao usar a cetamina ocorre um rápido efeito antidepressivo, mas os efeitos colaterais o tornam bastante perigoso para a saúde.

No novo trabalho, os pesquisadores notaram a semelhança do peptídeo D-Phe-L-Tyr e outro bloqueador do receptor NMDA – ifenprodil. Como resultado da verificação experimental para esse peptídeo e seus análogos, selecionados de acordo com os resultados do encaixe e modelagem da dinâmica molecular, os autores descobriram também o bloqueio do receptor NMDA para D-Phe-L-Tyr.

Os cientistas conseguiram fazer essa previsão usando o algoritmo de inteligência artificial do supercomputador. Em um futuro próximo, a droga canditada será testada em animais que apresentam modelos de comportamento depressivo.

O artigo científico foi publicado em Environmental Research, clique aqui para ler.

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