Tubarão de duas cabeças bizarro cresceu em laboratório na Espanha

Milena Elísios
(Imagem: Journal of Fish Biology)

Pesquisadores na Espanha descobriram um embrião de tubarão de duas cabeças extremamente raro que cresceu em seu laboratório. Até onde eles sabem, é a primeira vez que a característica é vista em um tubarão que põe ovos. Já houve relatos de tubarões de duas cabeças antes, mas todos pertenceram a espécies que dão à luz animais vivos.

O tubarão era um embrião do tubarão-gato  (Galeus atlanticus) que foi coletado por pesquisadores da Universidade de Málaga, na Espanha, como parte de um estudo sobre sistemas cardiovasculares. Dos 797 embriões coletados, um era diferente dos demais: ele apresentava duas cabeças.

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Cada cabeça tinha uma boca, dois olhos, um cérebro, uma medula espinhal e cinco branquias de cada lado. O corpo também tinha dois corações, dois estômagos e dois fígados, Os embriões compartilhavam apenas um intestino e um único conjunto de rins e órgãos reprodutivos.

Tubarão bizarro
O pequeno tubarão de duas cabeças. (Imagem: Journal of Fish Biology)

Esta não é a primeira vez que um tubarão de duas cabeças foi visto, mas todos os casos já documentados, eram de espécies dão à luz animais vivos, enquanto o tubarão-gato é a primeira espécie de tubarão de postura a exibir dicefalia.

Este espécime em particular foi sacrificado e preservado para que os pesquisadores pudessem estudá-lo mais. Na natureza, a condição é muito raramente encontrada, e não está claro se isso acontece porque essa é uma condição extremamente rara, ou se as criaturas simplesmente não sobrevivem o tempo suficiente para serem descobertas.

Acredita-se que o principal suspeito causador de dicefalia seja a genética e não a poluição. Os pesquisadores observaram que não havia agentes causadores de defeitos de nascimento nos tanques onde o embrião se desenvolveu.  Não está claro se a causa da dicefalia difere entre os tubarões que nascem vivos ou que põem ovos, mas espera-se que que uma investigação mais aprofundada desse embrião traga algumas respostas e possas ajudar a entender melhor esse fenômeno raro de uma vez por todas.

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O estudo foi publicado no Journal of Fish Biology.

FONTE / Science Alert

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