Floresta fossilizada mais antiga do mundo foi descoberta em Nova York

Milena Elísios
(Imagem ilustrativa)

A floresta fossilizada mais antiga do mundo foi descoberta em uma pedreira de calcário ao norte de Nova York. Tudo o que resta da floresta do período Devoniano Central, (o período Devoniano, foi parte da era Paleozoica, e ficou conhecido como a Era de Peixes, pois como já é sugerido, gerou uma notável variedade de peixes) há 386 milhões de anos, são algumas redes de raízes fossilizadas em uma pedreira de calcário.

Há muito tempo atrás, as árvores gigantes da floresta antiga provavelmente cobriam uma região que se estendia até a Pensilvânia e mais além, escreveram os pesquisadores em um artigo publicado na revista científica Current Biology. A floresta recém descoberta é cerca de 2 ou 3 milhões de anos mais antiga do que a se pensava ser a floresta mais antiga do mundo em Gilboa, também no estado de Nova York.

Floresta fossilizada
O sistema de enraizamento da antiga árvore Archaeopteris no local da floresta fossilizada em Nova York. (Crédito: Charles Ver Straeten)

Nenhuma das árvores da antiga floresta se reproduzia usando sementes multicelulares, escreveram os pesquisadores, em vez disso elas produziram descendência usando esporos de uma única célula. Havia três tipos de árvores na floresta antiga: cladoxylopsids, que eram como samambaias primitivas sem as folhas verdes planas; archaeopteris, que em alguns aspectos se assemelhavam as coníferas modernas mas tinham folhas verdes planas; e um único exemplo de um terceiro tipo de árvore que ainda não foi identificada.

Esta floresta, escreveram os pesquisadores, revela um marco fundamental na história climática da Terra. À medida que as plantas desenvolveram raízes de madeira espessas, de longa duração e ricas em carbono, elas retiraram dióxido de carbono da atmosfera, mudando fundamentalmente a composição global do ar do planeta. As próprias plantas tornaram-se importantes sumidouros de carbono.

O artigo científico que descreve a floresta descoberta em Nova York foi publicado na renomada revista Current Biology, você pode acessá-lo clicando aqui.

FONTE / Phys

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